Adobe usa IA para identificar fotos falsas

Que fotos nunca foram realmente confiáveis a gente sabe. Stalin adorava remover seus desafetos de fotos, como fez com o Trotsky, que era picareta mas merecia destino melhor. Em verdade esse conceito antecede a fotografia, os egípcios adoravam meter o martelo e apagar da História líderes que caíram em desgraça.

Hoje virou festa criar imagens falsas com Photoshop, e mesmo países usam do recurso, como Irã, Melhor Coréiae até… Canadá.

Quando a imagem é obviamente falsa, só convence seu grupo de família no Zapzap, mas e quando a fraude é de qualidade? Nem toda edição de imagem é do nível da Playboy, que já publicou mulheres sem umbigo. Como identificar? Um profissional experiente pode dizer pelos pixels e por ter visto muitos photoshops em seu tempo, mas normalmente usam-se outros métodos, cono a Error Level Analysis.

O conceito é bem simples: quando você comprime uma imagem com um formato com perda, tipo JPEG, são gerados artefatos, pequenos defeitos de imagem imperceptíveis para o olho nu. Quanto maior a compressão, mais artefatos.

Cada imagem terá um padrão de artefatos diferentes, gerando um padrão de ruído. Quando você introduz uma segunda imagem ou manipula partes da imagem, o padrão de artefatos é alterado. Isso salta aos olhos de um bom investigador com um bom software.

O problema é quando a falsificação é feita por gente competente, as alterações ficam bem mais sutis, e aí muitos casos claros se tornam apenas prováveis, ou no máximo suspeitos. Nesse momento entra a Adobe para salvar o dia.

No paper Learning Rich Features for Image Manipulation Detection, Vlad Morariu e seu inevitável grupo de pesquisadores chineses apresenta uma técnica onde um sistema de inteligência artificial é ensinado a detectar variações, padrões de erro e extrapolar para o resto da imagem alterada.

FONTE: MEIO BIT