Conheça a importância das ‘foodtechs’ para o nosso dia a dia

No Brasil, o movimento de foodtechs ainda está no começo: 90 startups estão no setor. Olhando para o tamanho do problema, existe muito espaço para quem tem soluções.

Uma startup que se preocupa só com a alimentação: são as foodtechs. “Uma foodtech se vale de tecnologia para reformular, para repensar toda a cadeia de alimentos. Eu penso desde a parte do campo, como a gente cultiva, como a gente transporta, como a gente vende, como a gente entrega, como a gente consome e como a gente descarta nossos alimentos hoje”, explica Carol Bajarunas, da Foodtech Moviment.

O Brasil tem um potencial enorme para agricultura. É só ir até uma feira para ver a quantidade, a variedade de alimentos que podemos produzir. Mesmo assim, 14 milhões de pessoas passam fome no país e a gente ainda desperdiça alimento. Mas as foodtechs surgiram para ajudar a resolver o problema.

A startup que o empresário Arthur Arakaki fundou com mais dois sócios se especializou em vender frutas e legumes feios por fora, mas saborosos por dentro. “Todas servem para consumo. Algumas são até mais gostosas do que a gente vê no mercado, porque é menor, recebeu a mesma quantidade de nutrientes, então fica mais docinha, tem mais sabor”.

O site, que tem cerca de 1.200 clientes, funciona por assinatura. O consumidor escolhe o tipo de cesta, apenas de legumes, de frutas ou mista, o tamanho e recebe os produtos toda semana ou de quinze em quinze dias. Elas custam a partir de R$ 34 e a empresa não revela o faturamento.

Duas cooperativas e dez pequenos agricultores são os fornecedores. O produtor rural do Vale do Ribeira, em São Paulo, Alexandre dos Santos Viana vende para empresa, por mês, duas toneladas e meia de bananas que iriam ser descartadas. Aumentou o faturamento em 10%.

“Qualquer agricultor vê o trabalho que é você conseguir produzir. Agricultor depende de clima, de chuva, temperatura, praga, você tem que contar com fatores externos que você não consegue controlar. Então você tem que ter sorte para você ter uma colheita. E depois você colher e não conseguir pôr no mercado, por causa de alguma imperfeição, isso aí às vezes é meio frustrante pro produtor”, explica o produtor.

É mais do que frustrante, é revoltante. O Brasil desperdiça 22 bilhões de calorias na hora de vender alimentos. Seria suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais de 11 milhões de pessoas. “Quando eu falo de desperdício é uma coisa que eu consigo mudar o ponteiro imediatamente. Então desperdício é lugar muito bom para atuar e eu aconselho muito que as startups olhem muito para isso”, diz Carol Bajarunas.

A startup, que por enquanto atende apenas parte da capital paulista, aposta no consumo consciente para combater o problema – 80% dos clientes consideram o negócio sustentável. “É mais barato, mas eles não compram da gente por ser mais barato, compram pela conveniência, porque a gente entrega em casa e principalmente porque muitos deles são engajados com a causa de consumo consciente e combate ao desperdício”, fala Arthur.

No Brasil, o movimento de foodtechs ainda está no começo: 90 startups estão no setor. Olhando para o tamanho do problema, existe muito espaço para quem tem soluções. “Daqui 32 anos a gente vai atingir o número de 10 bilhões de pessoas no mundo. A cadeia do setor alimentícia, do setor alimentício, como está disposta hoje, só consegue atender 50% desse número. A gente vai ter desafio pra se alimentar”, completa Carol Bajarunas.

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FONTE: PEGN