Como as novas tecnologias melhoram o processo de ensino-aprendizagem

Precisamos entender que cada aluno tem seu próprio processo de evolução e que não podemos ?pasteurizar” o aprendizado.

Apesar da pouca evolução do sistema educacional brasileiro no que tange a novas experiências de aprendizado, já é possível observar que as esferas pública e privada estão somando esforços para criar um ensino mais moderno, personalizado, flexível, inclusivo e motivador. Precisamos entender que cada aluno tem seu próprio processo de evolução e que não podemos “pasteurizar” o aprendizado.

O mercado da educação está dando passos importantes no desenvolvimento e adesão de novas soluções digitais, que permitem trilhar o caminho da inovação baseado em temas como Inteligência Artificial, Big Data e Machine Learning.

Essas plataformas conectam famílias, professores e alunos não apenas para maior rapidez e assertividade na comunicação e relacionamento, mas, sobretudo, para fazer diferença no engajamento entre a parceria escola e família. Através desses canais é possível dar feedback, contribuir com críticas construtivas e oferecer sugestões de melhorias – medidas que facilitam e democratizam a gestão. Além de propiciar um método de ensino personalizado.

Além de oferecer um universo infinito de produtos, serviços, conteúdos e atividades, essas conexões conseguem transpor os limites de barreiras física e de tempo, criando uma rede de dados contínua, que possibilita acompanhar informações importantes sobre o comportamento do estudante – seu desempenho acadêmico, suas intenções, interesses, assim como interesses futuros.

Essas iniciativas inovadoras trazem para sala de aula o que há de mais sofisticado na educação 4.0. A adoção (re) pensada de novas tecnologias como videoaulas, animações, simuladores, aplicativos e games, que trabalham a organização, distribuição de conteúdos e competências de forma mais criativa, e que podem ser usadas pelos alunos também para reforçar o aprendizado fora da escola, é um exemplo.

Já foi comprovado por estudos de neurociência que o aprendizado é melhor absorvido quando acontece entremeado às relações sociais.

Há ainda os dispositivos de realidade aumentada, que possibilitam a experimentação do mundo virtual para o mundo real. Os estudantes viajam para qualquer lugar do mundo ou até mesmo de épocas passadas, facilitando assim o entendimento dos conteúdos estudados.

Com as ferramentas de experimentação e programação os próprios alunos desenvolvem produtos e projetos em diversos formatos como podcasts, sites, livros digitais, jornais, vídeos, jogos, sites e aplicativos.

Alguns ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), inclusive, utilizam softwares inteligentes que ajudam a personalizar o ensino – são as plataformas adaptativas.

O acompanhamento da realização de atividades e a capacidade de análise do desempenho acadêmico de cada estudante, pelo professor, é outro exemplo. Em uma sala de aula sem paredes, os novos conhecimentos chegam aos alunos respeitando o tempo e ritmo de aprendizado de cada um.

Com o uso da inteligência artificial é possível também acompanhar o que cada aluno aprendeu, detectar como ele aprende melhor, quais temas ele tem facilidades e quais os obstáculos no seu aprendizado. Fazendo uso da Big Data a escola consegue mapear onde estão as principais falhas dos seus estudantes e direcionar na melhora de desempenho por aluno e turma.

Como consequência disso, os estudantes têm ganhos significativos em sua formação enquanto cidadão para o mundo. Mais engajados, motivados e interessados desenvolvem a autoconfiança, autonomia, empatia, tolerância, flexibilidade, curiosidade para novas descobertas, criatividade, protagonismo, capacidade de socialização, de trabalho em equipe e de liderar e ser liderado.

Assim, escola e família ganham com enormes benefícios. O acesso a essas tecnologias de vanguarda facilita identificar, rapidamente, o que determinado aluno precisa de apoio e a escola consegue atuar de forma personalizada, investindo em metodologias ativas, sendo reconhecida e admirada pelo comprometimento, desempenho, aprendizagem continuada e colaboração.

Por sua vez, tal reconhecimento comprova o interesse da sociedade em reinventar a dinâmica do ensino, dando mais significado a educação e aproximando a escola da revolução, que vivemos hoje.

FONTE: OLHAR DIGITAL