Energy2Go aposta em compartilhamento de carregadores portáteis de celular

Empresa carioca tem 28 terminais para locação e devolução de “power banks”; meta é chegar a 400 em São Paulo e no Rio

Os fundadores da Energy2Go, Victor Gomes e Pedro Tauk
FOTO: DIVULGAÇÃO

Com a proposta de popularizar o compartilhamento de carregadores portáteis de celular, a startup Energy2Go atingiu 4 mil usuários em oito meses de operação. A empresa carioca distribuiu 28 terminais para locação e devolução desses power banks na capital fluminense e em Niterói. O modelo é semelhante ao de empresas de compartilhamento de bicicletas ou carros.

Para usar o serviço, o interessado baixa o aplicativo, localiza o terminal mais próximo e libera um dos dispositivos, oferecidos sempre com a carga completa. O usuário pode utilizar o serviço de forma eventual ou contratar uma assinatura. Após o uso, devolve o carregador em qualquer terminal, mesmo sem carga. O pagamento é feito por meio do app.

A startup ganha principalmente com a disponibilização de terminais para grandes eventos. Esse modelo já foi comercializado para a convenção de jogos Game XP e para uma convenção do grupo Ipiranga, neste ano. A empresa também oferece pontos de locação personalizados para estabelecimentos, com logos de lojas ou restaurantes, por exemplo. O custo para oferta de terminais em eventos e estabelecimentos varia conforme a quantidade e o local.

A aposta agora é que a distribuição de pontos de carregamento nas ruas vire o carro-chefe. De acordo com os planos, dentro de um ano, o número de terminais de compartilhamento deverá chegar a 400, metade deles em São Paulo e os demais no Rio de Janeiro. Isso com a ajuda dos atuais investidores, diz o sócio fundador Victor Gomes. Os apoiadores são a operadora de telecomunicações Oi e a empresa de energia elétrica Enel.

 Maturação

O desenvolvimento do projeto começou dentro da Enel, por meio de um programa interno de inovação, quando Gomes e seu atual sócio Pedro Tauk eram funcionários da empresa. Em fevereiro de 2018, eles se tornaram independentes e fundaram a companhia.

Hoje a Enel continua sendo investidora da startup. Em troca de uma opção de compra de uma participação societária a ser exercida em até três anos, a empresa investiu cerca de R$ 2 milhões desde o desenvolvimento da tecnologia.

Atualmente, a Energy2Go passa pelo programa de aceleração de negócios do Oito, hub de inovação da Oi. Além de apoio para o processo de desenvolvimento, a startup recebeu um aporte de R$ 150 mil da operadora.

Entre os pacotes oferecidos estão o de quatro horas, por R$ 6,90 (com os primeiros 30 minutos gratuitos), e o de 24 horas, por R$ 12,90. Há também planos mensais, de R$ 22,90, e anuais, de R$ 199.

Com os contratos mensais e anuais, são aproximadamente 80 assinantes. A modalidade mais popular, portanto, é de aluguel rápido, por até 24 horas. Juntando todos os pacotes, a empresa já atendeu 4 mil usuários, diz o fundador.

Necessidade

Gomes teve a ideia de compartilhar power banks carregados quando quase perdeu um voo por falta de carga no celular. Ele estava com o cartão de embarque no smartphone. “Eu tinha dois carregadores portáteis na mochila. Um estava completamente sem carga. Com o outro, tive que ficar parado ao lado de uma tomada, esperando carregar. Percebi que essa espera é um impasse para quem está com pressa.”

Para evitar que a mobilidade das pessoas seja interrompida pelo tempo de recarga do celular, ele e o sócio criaram a startup. A tecnologia é pensada, portanto, para atender pessoas que estão sempre com o tempo contado. Vendedores, representantes de marcas e qualquer outro profissional que precise se mover de um escritório a outro estão neste grupo, diz.

FONTE: DCI