E-commerce está adotando linguagem natural nos chatbots, diz estudo do Google Cloud

Pesquisa revelou em que pontos os sites estão falhando no atendimento ao cliente.

Quem nunca entrou em um site de compras, fez uma pesquisa usando um termo genérico e recebeu resultados diferentes do esperado? Ou não encontrou nada do que procurava porque digitou uma letra errada? A quarta edição do estudo FlashBack, realizado pela R/GA a pedido do Google Cloud, mostrou como o e-commerce está se saindo na hora de atender os clientes. Um dos pontos de destaque foi o aumento na adesão de linguagem natural nos chatbots de ajuda.

Chatbots em sites de compras

Na edição de 2023, 3 das 25 empresas analisadas usavam algum tipo de chatbot com linguagem natural. Em 2024, foram 30 e-commerces brasileiros analisados, tanto no site quanto no aplicativo de cada um. Desses, 12 têm chatbots com linguagem natural, um aumento de 233%.

De acordo com Maykon Fernandes, Diretor de Vendas e Head de Indústria do Google Cloud, a IA é fundamental na hora de aumentar a eficiência e melhorar a experiência do consumidor.

Outros pontos do e-commerce

  • Se você é daqueles que digita um termo genérico, como “pele ressecada”, e espera um resultado específico, como recomendações de cremes hidratantes, os e-commerces não estão prontos para te ajudar;
  • Apenas 8 dos 30 varejistas analisados entregam resultados para esse tipo de caso;
  • Se houver algum erro de digitação na busca, somente 12 dos 30 entrega algum tipo de resultado;
  • O dia da entrega é outro problema, principalmente para quem mora em casa ou apartamento sem porteiro. Apenas metade dos sites analisados tem opção de agendamento de entregas;
  • Dos 30, apenas 2 tinham entrega em até um dia;
  • Na Black Friday de 2023, quando o estudo foi realizado, 8 dos 30 e-commerces tiveram erros de “timeout” e 23 tiveram algum tipo de falha durante a compra. Isso é uma melhora tímida em relação ao ano anterior, quando 7 dos 25 tiveram erros semelhantes.

Acessibilidade no e-commerce

A acessibilidade também é um ponto de destaque.

Dos 30 e-commerces analisados, apenas 2 tinham aplicativos com recursos extras de acessibilidade, como libras ou text-to-speech (tecnologia que converte texto em áudio). Somente 4 alcançou a pontuação ideal de acessibilidade (90 de 100, segundo métrica do Lighthouse).

Ainda assim, isso foi uma melhora em relação a 2023, quando apenas 3 tiveram o desempenho ideal.

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