Drones são proibidos de voar no Rio Grande do Sul após atrapalharem resgates

A DECEA está restringindo o voo de drones não-autorizados no Rio Grande de Sul, que podem atrapalhar o resgate e transporte na região.

Uma Flight Restriction Zone (FRZ) foi criada no Rio Grande do Sul, impedindo que drones sobrevoem a região atingida pela enchente e atrapalhem os resgates que estão sendo realizados dentro da região.

A restrição foi imposta pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) em conjunto ao Órgão Regional da localidade do Sul (CINDACTA II), visando a medida para manter a segurança operacional para o transporte aéreo de vítimas e mantimentos dentro das áreas colapsadas pelas chuvas.

Apenas drones que estejam cadastrados como “Órgãos Especiais” para operações oficiais poderão trafegar pela região atingida no Rio Grande do Sul, como previsto na nota 1 do item 6.2.6.1 da Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA 100-40/2023).

Ou seja, somente os voos que estiverem vinculados às Operações Aéreas Especiais – conforme é previsto no Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) 56-5/2023 estão autorizados a sobrevoar o Rio Grande do Sul durante os resgates e transporte.

A prioridade na região são atividades como de Busca e Salvamento, Resposta a Desastres, Segurança Pública e Fiscalização. Isso significa que drones usados em voos recreativos e não-recreativos estão temporariamente impossibilitados de realizar atividades aéreas nos locais designados pela DECEA.

Autoridades alertam para uso de drones

O Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, chefe do subdepartamento de operações do DECEA pede que os pilotos de drone respeitem este momento e não atrapalhem as operações em andamento.

É preciso compreender que, em cenários complexos como esse, as prioridades das atividades aéreas se tornam a salvaguarda da vida humana, o apoio humanitário, o resgate e o salvamento das famílias atingidas. As buscas com uso dos meios aéreos podem ser prejudicadas quando drones desconhecidos sobrevoam o local. Além das medidas aplicadas, também recomendamos que os Pilotos Remotos tenham mais consciência sobre os riscos decorrentes do uso inadequado desses vetores

Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha

A tenente Sabrina, da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, também pede compreensão dos pilotos para estas restrições – a fim de garantir um melhor aproveitamento das operações realizadas nas áreas de enchente.

Há muitos civis subindo Drones para captação de imagens nas áreas afetadas e isso pode prejudicar significativamente a questão da segurança de voo das nossas aeronaves empregadas nas ações de socorro

Com a FRZ estabelecida, pilotos de drones não-autorizados que não respeitarem as normas serão categorizados por cometer Infrações de Tráfego Aéreo – sujeitos às sanções penais, civis e administrativas por não seguirem as legislações vigentes.

FONTE:

https://www.mundoconectado.com.br/drones/drones-sao-proibidos-de-voar-no-rio-grande-do-sul-apos-atrapalharem-resgates/