Apple registra patente para melhorar qualidade de vídeos em 360 graus

Apple registrou, junto ao governo dos Estados Unidos, uma patente que promete melhorar a qualidade de vídeos gravados em 360 graus, usados, principalmente, em sistemas e equipamentos de realidade virtual. O documento foi submetido em fevereiro do ano passado e publicado somente agora pelo escritório responsável, exibindo alguns dos avanços da companhia nesse segmento.

Com o complicado nome de “Processamento de dados de objetos equiretangulares para compensar a distorção de projeções esféricas”, a patente, basicamente, relata um sistema capaz de reduzir as distorções ou imperfeições das imagens gravadas. O sistema valeria para câmeras 360 graus, mas, principalmente, para vídeos gravados a partir de diferentes dispositivos, que seriam comparados entre si para obter a melhor combinação possível.

Para fazer isso, a tecnologia dividiria as cenas em blocos, a partir dos diferentes pontos de vista. Um algoritmo de previsão faria a comparação entre esses dados e, também, uma cena de referência, encontrando as imagens mais apropriadas para serem exibidas aos usuários. Assim, a companhia espera se livrar de distorções, objetos repetidos e outros efeitos comuns de vídeos combinados.

Além disso, a ideia é trabalhar com múltiplos formatos. A mesma cena, por exemplo, poderia ser vista por um usuário usando óculos de realidade virtual, em formato esférico, e também em um monitor por outros presentes em uma sala, mas sem que a visão do utilizador seja reproduzida. A tecnologia seria capaz, então, de converter as cenas para diferentes modos de visualização, novamente, sem as distorções características que normalmente estão envolvidas.

O registro da patente, logicamente, também se encaixa nos velhos rumores, que circulam desde o ano passado, de que a Apple estaria trabalhando em seus próprios aparelhos voltados para a realidade virtual. Enquanto essa ideia não se concretizou, o foco na realidade aumentada se provou mais do que verdadeiro, com a cada evento, a Maçã mostrando mais interesse por esse tipo de recurso e liberando novidades e plataformas de desenvolvimento para seus usuários e produtores de software.

Por outro lado, documentos desse tipo também servem para que companhias oficializem a propriedade sobre determinadas invenções, de forma que possam receber royalties sobre ela ou processar quem a utilizar de maneira indevida. Como sempre comentamos, novidades tecnológicas exigem patentes antes de chegarem ao mercado, mas nem todas as patentes se convertem efetivamente em novidades tecnológicas.

Fonte: Apple Insider