Produção de energia eólica atinge máximos históricos devido a ventos fortes

Na semana passada, o sistema elétrico nacional esteve três dias (entre dia 18 e dia 20) sem produção de energia elétrica através de gás.

A produção de energia eólica abasteceu 69% do consumo de energia elétrica no país, no dia 17 de outubro, com uma produção recorde de 108 Gigawatts-hora (GWh), o que constitui um novo máximo histórico, segundo dados da REN, divulgados esta segunda-feira. Segundo a REN – Redes Energéticas Nacionais, o anterior pico máximo tinha sido registado em 16 de janeiro deste ano e foi de 106,3 GWh.

“Verificando o ‘mix’ de produção nesse dia, percebe-se que a produção renovável abasteceu 92% do consumo diário, que totalizou 146 GWh”, apontou a REN, em comunicado.

No dia 17 de outubro, a produção de energia eólica atingiu também um novo pico de 4.843 Megawatt (MW), às 02:30, ultrapassando o anterior recorde de 4.785 MW, atingidos em 03 de março de 2022.

Em média, referiu a REN, a produção eólica abastece cerca de 25% do consumo nacional de energia elétrica.

Na semana passada, o sistema nacional esteve três dias (entre dia 18 e dia 20) sem produção de energia elétrica através de gás.

De acordo com dados da espanhola AleaSoft, na terceira semana de outubro observou-se um aumento na produção eólica na maioria dos mercados europeus, com maior destaque para Portugal e Espanha, que registaram subidas de 294% e 272%, respetivamente. Além do recorde em Portugal, no dia 20 de outubro, em Espanha, produziram-se 420 GWh com energia eólica, o valor mais elevado desde dezembro de 2021. Nesta semana, os preços da energia eólica no mercado grossista ibérico (Mibel) caíram 37% e 38%, em Espanha e Portugal, respetivamente.

Já para esta semana, com início a 23 de outubro, as previsões da AleaSoft Energy Forecasting indicam que a produção eólica cairá em todos os mercados europeus, à exceção de Itália.

FONTE:

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/20231023-1857-producao-de-energia-eolica-atinge-maximos-historicos-devido-a-ventos-fortes