O que você ainda não sabe sobre transformação digital?

Vivemos uma nova era nos negócios, impulsionada pelo empoderamento dos consumidores. A conexão entre indivíduos e empresas exige novas formas de se fazer e consumir produtos e serviços. Para que as empresas sobrevivam a esse novo movimento, elas precisam entender que é necessário passar por uma transformação digital que, mais do que tecnologia, envolve conectividade, agilidade, integração e emoções.

O que quero dizer com isso? É que as pessoas precisam ser o centro de qualquer negócio. Entender isso fará a diferença para as empresas que queiram se manter no mercado, independentemente do setor em que atuam. Sim, transformação digital não é um projeto só da área de TI de uma companhia, é necessária a transformação das pessoas, de cultura, da estrutura organizacional e comportamentos.

 Mais do que um termo da moda, a transformação digital é um novo estilo de se fazer negócio. Isso faz tanto sentido que até a Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicação, abriu no ano passado, uma chamada pública para a elaboração de uma estratégia brasileira macro para cuidar do tema, visando dar início à transformação digital do Brasil como um todo.

A ideia do governo não é obrigar as pessoas a se digitalizarem, mas criar um ambiente favorável para que isso aconteça. Foram listadas 91 ações levando em consideração a economia baseada em dados, dispositivos conectados, novos modelos de negócio e transformação digital da cidadania e governo. Esses eixos ligados entre si, tem a possibilidade de mudar o país.

Toda iniciativa maior é válida, mas o bom é que muitos empresários brasileiros já começaram a fazer o trabalho de casa e estão dispostos a trilhar essa jornada. Um dos primeiros passos para a realização de uma mudança corporativa é entender que o conceito de setores ou departamentos separados não faz mais sentido. Um projeto digital, por exemplo, não pode ser de responsabilidade somente da área de TI. É preciso integrar diversas áreas como a de Negócios e de Atendimento ao Cliente – e qual mais fizer sentido. É preciso ter um olhar holístico do negócio.

E para colocar tudo isso em prática, a empresa precisa adotar processos mais simples e ágeis. Nesse movimento, o papel do Business Owner ganha um peso importante nessa nova era. Ele que vai ajudar a estruturar o fluxo de valor do negócio e transformar grandes corporações em grupos de startups, por meio de produtos que levam em consideração a visão do cliente final.

Outro profissional importante nessa mudança é o agile coach, capaz de identificar e conduzir a maturidade e evolução das equipes, fazendo com que cada profissional esteja consciente da sua importância dentro do produto e enxerguem a responsabilidade do trabalho que estão realizando.

A transformação digital precisa ser a democratização do conhecimento e a autonomia das equipes na tomada de decisão. O grande diferencial que esse movimento vem trazendo para as corporações é a integração das áreas de TI com os demais departamentos de negócios.

A tecnologia veio como extensão do conhecimento humano e não para substituí-lo. As pessoas sempre farão a diferença em qualquer empresa. O que vivemos é uma oportunidade de uma maior integração entre as áreas e profissionais. Com isso é possível criar novos e enxutos modelos operacionais, processos comerciais mais ágeis, plataformas conectadas e capacidade de análise que melhorem a produtividade.

Diante desse cenário, existem novas empresas ganhando destaque no mercado de trabalho, as famosas empresas Techs: HRTech, LawTech, InsurTech, FinTech, RegTech, entre outros. Esse movimento muda a visão de enxergar a tecnologia como um serviço agregado para uma visão onde a tecnologia é o coração da empresa. Além de trazer um maior foco de negócio, trabalhando melhor o seu público alvo.

Possibilitar a comunicação fluida entre diferentes departamentos como vendas, jurídico e marketing, por exemplo, permite a consolidação de informações e dados inteligentes que podem ser usados na tomada de decisões. O que precisa ficar disso tudo é o entendimento que se as empresas não mudarem internamente, não vão mais existir. Você está preparado? Vamos juntos!

FONTE: COMPUTERWORLD