A Nokia vai substituir o CEO daqui a seis meses, depois de ter perdido terreno para concorrentes como a Huawei ou a Ericsson no desenvolvimento e implementação de redes móveis de quinta geração (5G). A fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações passará a ser liderada por Pekka Lundmark, presidente executivo da energética Fortum, a partir de 1 de setembro.
Rajeev Suri, que está à frente da Nokia desde 2014 e trabalha na multinacional de Espoo há duas décadas, vai deixar o atual cargo a 31 de agosto de 2020, mas continuará a exercer atividade como consultor do board da Nokia até 1 de janeiro de 2021.
“Com a aquisição da Alcatel-Lucent atrás de nós e o mundo da 5G diante de nós, estou satisfeito por Pekka ter concordado em juntar-se à Nokia”, referiu o presidente do conselho de administração da empresa, em comunicado. Risto Siilasmaa diz que o CEO nomeado tem “um histórico de liderança e criação de valor para os acionistas”, bem como “experiência em redes de telecomunicações, digitalização industrial e mercados-chave, como Estados Unidos e China”.
Segundo a agência financeira “Bloomberg”, a Nokia começou a explorar opções estratégicas, incluindo possíveis vendas ou fusões de ativos, devido à forte concorrência de mercado. “Estou confiante de que a empresa está bem posicionada para a era 5G e o meu objetivo é garantir que cumprimos os nossos compromissos com os clientes, trabalhadores, acionistas e outras stakeholders”, referiu por sua vez Pekka Lundmark.