Fintech do Santander lança novo app com foco em inclusão financeira

Mirando pessoas que têm dinheiro, mas não têm conta em banco, a fintech deixou a linguagem mais fácil e com a mesma estrutura do WhatsApp e do Facebook

Superdigital (Superdigital/Divulgação)

Superdigital lançou um novo aplicativo, mais fácil de usar, com foco na inclusão financeira. A fintech do banco Santander oferece conta digital com cartão pré-pago via assinatura.

Com foco em pessoas que têm dinheiro, mas não têm conta em banco — chamadas de desbancarizadas —, a fintech deixou a linguagem do app mais fácil, com a mesma estrutura de menus do WhatsApp e do Facebook.

A mudança possibilita uma melhor visualização dos dados da conta, gerenciamento dos cartões virtuais e edição dos dados pessoais de forma mais simples. O app também consome menos dados de internet dos usuários. Hoje, 95% dos clientes da Superdigital acessam a conta via aplicativo.

“Queremos que qualquer cliente, desde aquele que possua um celular de última geração, até aquele que tem o mais simples smartphone, possa baixar e usar de forma intuitiva e prática. Por isso, criamos um aplicativo que poupe o uso da internet, para ser acessível para quem quer entrar no sistema financeiro. Assim, construímos o aplicativo seguindo os modelos de UX de apps populares”, diz Ezequiel Archipretre, CEO da Superdigital.

Antes de ser lançado, o novo app foi testado por 1.200 consumidores — clientes e não-clientes da fintech.

Vale a pena?

Ao abrir uma conta na Superdigital você não paga nada, mas, a partir do momento em que você carrega um valor no seu cartão pré-pago, a fintech passa a cobrar uma assinatura fixa de 9,90 reais por mês. Você fica isento de pagar a tarifa mensal caso sua conta fique zerada ou se você gastar pelo menos 500 reais no mês.

O plano inclui um saque ou transferência para outros bancos por mês, fazer ou receber depósitos na conta, 2 depósitos por boleto por mês, ver saldo via SMS, transferências ilimitadas para contas da Superdigital, um cartão físico Mastercard e cinco cartões virtuais.

Se você quiser fazer mais de um saque ou transferência por mês, vai pagar uma tarifa a parte — 5,90 reais por operação (saques na rede Banco24Horas). Outros serviços extras também serão tarifados.

É possível ter uma conta gratuita, mas que não inclui um pacote mínimo de serviços. Ela dá direito apenas a um cartão físico e cinco cartões virtuais — operações como saques, depósitos e transferências são cobradas a parte. Também há tipos de assinaturas diferentes se você optar por receber seu salário através da fintech.

A principal vantagem de ter uma conta digital pré-paga é a facilidade — você consegue abrir uma em poucos minutos sem comprovação de renda, sem análise de score de crédito, sem consulta ao SPC/Serasa. É uma ótima opção para quem tem problemas de acesso aos bancos tradicionais, que geralmente exigem uma renda mensal mínima.

Os serviços disponíveis são básicos, mas atendem às demandas da maioria das pessoas no dia a dia, como saques, transferências, depósitos, pagamentos de contas online, recarga de celular e Bilhete Único (São Paulo), câmbio e acesso a um cartão de débito, que permite compras físicas e online (de plataformas como Spotify e Netflix).

O problema é o custo. As tarifas cobradas por operações separadas, apesar de serem menores do que nos bancos tradicionais, ainda são altas e podem pesar no bolso dos consumidores, dependendo da quantidade de vezes que ele precise dos serviços.

Se você for uma pessoa que usa bastante saques e transferências, por exemplo, há outras fintechs que oferecem contas digitais pré-pagas com custo menor para você. Também é preciso considerar que na Superdigital você não consegue parcelar suas compras. Tudo é pago no débito, com o dinheiro que você já colocou na conta — o saldo nunca vai ficar negativo.

FONTE: EXAME