Ensino de robótica auxilia aprendizado de estudantes em Aracaju

Com a intenção de melhorar o desempenho e o aprendizado dos estudantes, escolas de Aracaju têm aderido ao ensino de robótica. O que antes era brincadeira passa a funcionar como pesquisa e até mesmo de inspiração.

Utilizando de situações lúdicas usando a tecnologia, os estudantes constroem e programam robôs de todos os tipos e formas e aplicam vários conhecimentos dentro da grade curricular.

Robôs são montados por alunos (Foto: Lucas Andrade/TV Sergipe

Para a estudante Manuella Dalla, de 11 anos, que está no 6º ano do ensino fundamental a união de prática e teoria promove uma melhor aprendizagem. “É muito mais fácil você entender na prática do que na teoria. Quando a gente monta e trabalha fica mais fácil do que na teoria”, disse.

Há também quem utilize os conhecimentos para a diversão e dê asas à imaginação. O jovem Ivan Vinicius Alves Rocha, de 12 anos, se uniu a colegas para recriar um famoso jogo que utilizou conhecimentos de tecnologia, linguagem de programação e criatividade. “A turma foi dividida em grupos e a gente criou um jogo para apresentar na disciplina. Chega a ser gratificante você estar jogando algo que você que criou” contou.

E nessa combinação de ciência, tecnologia e sala de aula também faz com que os alunos despertem uma vontade futura. “Eu tenho esse interesse em fazer algo na área de tecnologia. Aqui eu posso experimentar como seria se eu exercesse uma profissão desse tipo. Aqui você consegue ver o que em uma sala de aula normal você estaria lendo e escrevendo”, explicou João Lucas, de 11 anos.

Desde 2013, os estudantes de uma escola particular da capital colecionam 25 troféus em diversos campeonatos. Este ano, eles ficaram com o título no ‘Projeto de Robô do Mundo’, nos Estados Unidos e se tornaram referência no seguimento.

Zuleide Luna, de 16 anos, foi uma dos jovens que participaram da conquista mundial, e para ela o troféu não foi a única conquista voltando para casa também com lições além da robótica.

“A gente aprende a lidar com as pessoas. Unimos muito a teoria à prática”.

“Eu acho que vai muito além apenas do título, do troféu material. É muita bagagem sociocultural. Além da gente aprender a desenvolver projetos científicos, a trabalhar algumas coisas que cursos de engenharia usam, nós também aprendemos a interpretar, analisar e produzir nosso conhecimento a partir disso. Fora a bagagem cultural mesmo, porque não só nos campeonatos de fora, mas no nacional conversamos com pessoas que tem culturas diferentes das nossas”, disse.

Professor debate projetos com estudantes (Foto: Lucas Andrade/TV Sergipe)

Professor debate projetos com estudantes (Foto: Lucas Andrade/TV Sergipe)

Professor debate projetos com estudantes (Foto: Lucas Andrade/TV Sergipe

O professor Hélio Igor destaca que essa utilização da robótica na facilitação do aprendizado serve para despertar o gosto por tecnologia em faixas etárias mais baixas e também cumpre pedidos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“Nós temos três pontos quanto falamos de tecnologia educacional. O desenvolvimento socioemocional, a BNCC traz isso muito forte, o desenvolvimento dos conteúdos vistos na teoria e também a oportunidade de vislumbrar um caminho a seguir. Aqui não são coisas que eles reproduzem, eles criam. Eles agregam valor com a sociedade. O que mais alegra é mostrar para todos que Sergipe é referência em Ciência e Tecnologia”, pontuou

De acordo com ele, além de motivar o aprendizado de uma geração tão acostumada a lidar com tecnologias, a robótica faz o aluno compreender o real significado dos resultados de maneira moderna. A maior preocupação é que o estudante entenda as peças que vai usar e os elementos com os quais está trabalhando.

“A ideia básica é levar ferramentas da ciência e da tecnologia para a sala de aula para que a criança e o adolescente percebam o problema e encontre soluções, seja o protagonista do seu conhecimento”, finaliza.

A estudante Samira Sonza, de 13 anos, participou de um campeonato em Salvador e valorizou bastante a experiência. “A gente pesquisa bastante até chegar ao projeto e chegar até uma ideia que possamos implementar. Buscamos também com profissionais da área para falar sobre a solução que a gente criou”, disse.

FONTE: G1