Dispositivo capaz de ler emoções é nova invenção da Amazon

O novo aparelho, que seria usado no pulso, traz um software que analisa a voz do usuário e revela seu estado emocional

NOVO DISPOSITIVO TEM SOFTWARE QUE INTERPRETA EMOÇÕES NA VOZ DO USUÁRIO (FOTO: PIXABAY)

Um aparelho capaz de ler emoções. Esse é o novo projeto da Amazon, segundo documentos obtidos pela Bloomberg . A invenção é descrita como um dispositivo vestível colocado no pulso e controlado por meio de um aplicativo. O projeto é uma parceria entre o time responsável pela assistente virtual Alexa e o Lab126, um grupo de desenvolvimento de hardware que trabalhou no aparelho de IA Echo.

De acordo com os documentos, o dispositivo tem microfones equipados com um software capaz de analisar o som da voz e, a partir daí, decifrar o estado emocional do usuário. Com o uso constante, o aparelho se tornaria capaz de orientar o dono do aparelho sobre a melhor maneira de interagir com as outras pessoas.

A Amazon se recusou a falar sobre o projeto. Por conta disso, não se sabe em que estágio de desenvolvimento está o aparelho ou se já há planos para a sua comercialização. É comum a empresa realizar testes com dispositivos que nunca veem a luz do dia.

Os documentos obtidos indicam, porém, que a invenção usará softwares que já foram desenvolvidos pela empresa. Em 2017, a Amazon documentou a patente de um sistema que reconhece padrões na voz do usuário. A partir disso, consegue diferenciar entre “alegria, raiva, tristeza, medo, tédio e estresse”. Outra patente da Amazon descreve um sistema que reconhece a voz do usuário dentre vários sons ao redor.

O projeto de um dispositivo capaz de ler emoções pode colocar mais “fogo” nas polêmicas em torno da Amazon. Em abril, a Bloomberg noticiou que os funcionários da empresa ouvem as gravações de voz capturadas nas residências e escritórios dos proprietários do dispositivo Echo.

A Amazon não está sozinha na “corrida” para desenvolver produtos mais inteligentes ligados à emoção. Gigantes como MicrosoftAlphabet e IBM já trabalham em tecnologias que conseguem interpretar emoções por meio de imagens, áudio e outros conteúdos.

FONTE: ÉPOCA