Hambúrguer de carne vegetal da Fazenda Futuro chega aos supermercados de São Paulo

O “Futuro Burger” poderá ser encontrado no Pão de Açúcar e no Quitanda; preço sugerido para venda é de R$ 17,99

Futuro Burger, hambúrguer de plantas com gosto e textura de carne, chega aos supermercados Pão de Áçucar Quitanda, somente no Estado de São Paulo nesta terça-feira (28). O lançamento é da foodtech(startup do setor de alimentação) Fazenda Futuro.

O primeiro produto lançado pela empresa será vendido por R$ 17,99 a bandeja com duas unidades. Ele estará disponível nas versões resfriada e congelada. Para quem prefere a experiência de ir a um restaurante, os hambúrgueres também integram o cardápio da Lanchonete da Cidade (São Paulo) e T.T. Burguer (Rio de Janeiro).

A Fazenda Futuro foi criada por Marcos Leta, fundador dos sucos Do Bem, e pelo empreendedor Alfredo Strechinsky. Em entrevista à StartSe, Leta afirmou que a startup planeja concorrer com frigoríficos, não com produtos vegetarianos ou veganos – e está utilizando tecnologias como inteligência artificial para isso.

O Futuro Burger é feito com grão de bico, proteína isolada de soja, proteína de ervilha e beterraba (para imitar a cor de “sangue”). A expectativa agora é de lançar outros tipos de “carne vegetal”, como almôndegas, polpetone e carne moída. Recentemente, a Fazenda Futuro realizou uma parceria com o Spoleto para trazer a carne de planta aos pratos do restaurante.

Um potencial bilionário

A “carne vegetal” é uma novidade no Brasil e no mundo, mas já há quem olhe com grandes expectativas. Um relatório recente do banco inglês Barclays prevê que este mercado chegue a uma receita total de US$ 140 bilhões nos próximos 10 anos. Para as grandes representantes desse setor, o saldo é positivo – a Beyond Meat estreou no mercado de capitais com alta de 140% em suas ações, enquanto a Impossible Foods está nos cardápios do Burger King e recebeu US$ 300 milhões de investimento recentemente.

Segundo a Barclays, as foodtechs devem focar em homens de 14 a 70 anos como público-alvo, pois este é o maior público consumidor de carne. A expectativa é que esses novos produtos capturem, na próxima década, 10% do mercado global de proteína animal, avaliado hoje em US$ 1,4 trilhão da carne.

FONTE: Startse