Arie Halpern: a bola com chip e outras tecnologias para a Copa do Mundo na Rússia

A grande inovação que a Telstar 18, a bola oficial da Copa do Mundo na Rússia, traz para o futebol é um chip instalado que permitirá aos consumidores interagirem com a bola por meio de seu smartphone.

A empresa de material esportivo Adidas revelou nos últimos dias de 2017 a bola para a Copa do Mundo 2018, a ser realizada na Rússia nos meses de junho e julho. A grande inovação que a Telstar 18 traz para o futebol é um chip instalado que permitirá aos consumidores interagirem com a bola por meio de seu smartphone. Para o jogo, a bola trará uma variedade de dados, como velocidade, deslocamento, entre outras informações. “Os atletas estão evoluindo fisicamente e fisiologicamente. A tecnologia é sempre bem-vinda ao esporte, desde que complemente e facilite o desenvolvimento do talento dos jogadores”, afirma Arie Halpern, economista e empreendedor focado em inovação e tecnologias disruptivas.

É a primeira vez que uma bola oferecerá tecnologia não somente para os jogos oficiais, mas também para os torcedores que a comprarem. O chip, no entanto, será passivo, para que a bola não seja hackeada. Com um smartphone conectado, será possível interagir, como reconhecimento de localização, além de desafios de habilidade.

Além da tecnologia com microchip, a bola para o Mundial de Futebol possui tecnologia eficiente de impermeabilidade. Antigamente, as bolas chegavam a pesar o dobro de seu peso por conta da absorção da água.
A Telstar 18 é uma repaginação e uma homenagem à Telstar, bola usada no Mundial de 1970, edição que teve como destaques os craques Pelé, Gerd Muller e Puskas e na qual a fabricante alemã produziu a primeira bola em Copas.

As bolas da Copa do Mundo passam por transformações a cada edição e acompanham a evolução do futebol. Para o mundial de 2006, na Alemanha, por exemplo, foi idealizada a primeira bola sem costura, o que representou a última grande inovação quando o assunto é a redonda.

Neste ano, o mundial pode consolidar a utilização do VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo). A tecnologia já vem sendo usada em algumas ligas espalhadas pelo mundo e o presidente da FIFA, Gianni Infantino, já sinalizou a importância de inserir o artifício.

“O espetáculo que é a Copa do Mundo de Futebol deve só ganhar com a inserção destas novas tecnologias”, comenta Arie Halpern. “E não somente com a interferência do jogo, mas também no modo como vamos passar a encarar o jogo”.

A FIFA já confirmou que todas as 64 partidas serão gravadas e produzidas em qualidade 4K com tecnologia HDR (High Dynamic Range). Esta não é exatamente uma novidade, já que alguns jogos em edições anteriores eram transmitidos em 4K. A grande novidade ficará por conta da gravação de alguns jogos com câmeras 360º para experiências em Realidade Virtual, voltadas a serviços on demand com tal opção de tecnologia.

A Copa do Mundo de 2014 no Brasil reuniu mais de 3 bilhões de espectadores em todo o mundo, sendo 1 bilhão somente na final. Estes números devem aumentar para a edição de 2018, o que prova que o futebol não é apenas um jogo.

FONTE: SEGS