Por meio de nanocápsulas, o medicamento é levado diretamente para as células cancerosas e ativado por luz infravermelha. Estudo de 4 anos foi publicado em revista científica internacional.
As cápsulas são carregadas com partículas de ouro e um quimioterápico natural derivado do ipê e quando chegam às células cancerosas são ativadas por raios infravermelhos, se rompem e liberam o medicamento diretamente no tumor.
Além disso, o calor da luz esquenta as partículas que matam as células doentes.
“A irradiação de luz vai promover o aquecimento dos bastões de ouro que foram entregues dentro da célula cancerosa e esse aquecimento vai induzir morte celular e também liberar o quimioterápico que estava na membrana só no tumor”, explica Zucolotto.
Menos danos
A principal vantagem da técnica é que ela afeta menos células saudáveis do que outros tipos de quimioterapia, o que pode diminuir os efeitos colaterais do tratamento.
O experimento está em fase de testes em animais, que está sendo feito na Unicamp. Os cientistas injetaram a quimioterapia ativada pela luz em ratos com câncer de bexiga e os resultados preliminares são positivos.
“Nós observamos uma redução nos tumores, principalmente, quando irradiamos a luz. A nossa expectativa é desenvolver materiais e que a gente consiga matar apenas a célula tumoral, com alta eficiência e que essa terapia tenha a menor contraindicação ou efeitos colaterais possíveis para o paciente”, afirmou a pesquisadora do IFSC/USP, Juliana Cancino.
FONTE: G1