Telemedicina: hospitais tradicionais vão levar conectividade para locais remotos

Parceria vai usar bancos de dados para agilizar comunicação na área da saúde, além de promover telemedicina como forma de inclusão.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) se uniu ao Hospital Beneficência Portuguesa a partir da iniciativa InovaHC para levar conectividade no setor de saúde para áreas remotas.

O projeto pretende usar tecnologia para melhorar o acesso aos tratamentos. Ainda, as instituições médicas, como o próprio HC, estão promovendo telemedicina como forma de aumentar a acessibilidade a consultas.

Parceria por conectividade na saúde

Giovanni Guido Cerri, professor da Faculdade de Medicina da USP e presidente dos conselhos do Instituto de Radiologia e InovaHC, ao Jornal da USP, diz que a colaboração é importante por se tratar de duas instituições antigas e tradicionais, com excelência em saúde.

O HC vai ajudar a Beneficência Portuguesa na conectividade, para que informações de exames e procedimentos médicos coletados em áreas de pouco acesso possam chegar à unidade central, em São Paulo, prontamente.

Por exemplo, uma das ações da parceria será usar dados do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) de áreas do Nordeste para obter informações de saúde das mulheres.

Ele ressalta como o HC já trabalha com 5G para trazer informações de áreas longínquas para a capital.

Telemedicina e saúde digital

Cerri ainda lembra que a pandemia mudou a forma como os médicos enxergam os atendimentos e consultas remotas, com mais aceitação. Para ele, a legislação que aprovou a telemedicina no Brasil contribuiu para melhorar a aplicação da tecnologia.

Saiba mais vantagens, segundo o professor:

  • Cerri conta que a saúde digital promove jornadas de trabalho mais fáceis e objetivas para os profissionais da saúde;
  • Além disso, economiza, já que precisa de poucos equipamentos, como uma câmera, computador e boa conexão;
  • Para ele, o processo também é mais rápido e dinâmico na hora de realizar diagnósticos;
  • Ao final, Cerri diz que isso torna o atendimento médico mais acessível para pacientes em áreas distantes, promovendo a inclusão;
  • Porém, um dos desafios da telemedicina atualmente é a falta de investimento.

O professor da USP ainda revela que, hoje, o HC realiza cerca de 10% das consultas de forma online. A meta é chegar a 40% em quatro anos.

FONTE: https://olhardigital.com.br/2024/02/29/medicina-e-saude/telemedicina-hospitais-tradicionais-vao-levar-conectividade-para-locais-remotos/