A evolução da tecnologia modifica e transforma vários aspectos da vida das pessoas, de forma que a maneira que fazemos as coisas atualmente já é muito diferente de como costumávamos fazer. Hoje, compramos em lojas online, conhecemos e nos relacionamos com outras pessoas através de redes sociais, possuímos diversas maneiras de efetuar pagamentos além do dinheiro físico, e até mesmo nos identificamos com a biometria no momento de votar. Sendo assim, é inevitável que a tecnologia também mude a educação, tanto em aspectos do ensinar, quanto nos de aprender.
É essa a visão de Anna Penido, diretora do Inspirare, instituição familiar que busca pela inovação da educação em prol da melhoria na qualidade de ensino dos estudantes brasileiros. Ela, inclusive, afirma que “se antes a gente educava os alunos para usar a tecnologia, hoje a gente usa a tecnologia para educar os alunos”. O uso da tecnologia é uma maneira de superar alguns obstáculos da educação, como a equidade, a qualidade e a contemporaneidade.
A equidade trata sobre o fato da educação ter que ser igual para todos, de forma que o conhecimento seja acessível pelos estudantes de todos os lugares. Além disso, é um fator que implica que todos têm direito de aprender, mas, para isso, é necessário compreender que cada um tem sua maneira e seu ritmo. A tecnologia é capaz de suprir essas necessidades, de forma que não apenas seu alcance se torna cada vez mais amplo, como deixa possível a personalização do conhecimento.
Cada estudante possui um ritmo de aprendizagem e uma maneira de absorver conhecimento diferente, de forma que uma boa parcela acaba não conseguindo assimilar o conteúdo devido ao sistema de educação que propõe uma forma de ensino idêntica e generalizada para todos. É impossível que o professor, sozinho, consiga fornecer um tratamento individual para cada aluno, sendo assim, uma boa solução é o uso de inteligência artificial para analisar o perfil de cada estudante e auxiliar tanto ele próprio, quanto o professor, nessa tarefa.
Seguindo essa ideia, existem sistemas como o Third Space Learning e o Carnegie Learning, que procuram auxiliar o professor a bolar uma estratégia de ensino da matemática personalizado para cada estudante, através de analises do perfil de cada um. Ou o NVIDIA Deep Learning, que reúne o conteúdo para personalizar o conhecimento baseado no que o aluno precisa e quer aprender.
O segundo desafio, o da qualidade, trata sobre a necessidade de que o conhecimento seja transmitido de maneira mais dinâmica e atrativa, de forma que o aluno consiga assimilar e aplicar o conteúdo, e que auxilie o professor consiga se utilizar de métodos eficazes para alcançar esses resultados. Além disso, é importante que exista a disponibilidade do aprendizado a qualquer momento e em qualquer lugar, o que também aumenta a autonomia do aluno.
Já existem diversos recursos digitais capazes de fornecer todos esses pontos, como as vídeo aulas, que permitem uma sintetização do aprendizado, contando, inclusive, com diversos recursos visuais interessantes, e que podem ser assistidos a qualquer momento. O uso do vídeo como parte do ensino é uma alternativa muito interessante, principalmente porque se faz presente diante de uma geração que cresceu com cada vez mais conteúdo audiovisual a cercando, não apenas com o cinema e a televisão, mas como o próprio Youtube. O contato frequente com esse tipo de mídia influencia a forma que o estudante assimila a informação, transformando a vídeo aula em uma ferramenta essencial para a educação.