Tecnologia de leitura da mente já existe e é mais útil do que pensamos!

Tome nota: O software de leitura da mente não está apenas pronto para uso comercial, mas na verdade será de uso prático em aplicações de negócios cotidianos.

Mas espere, você diz. Isso é assustador, invasivo e inútil. Talvez esse artigo o faça mudar de ideia. (E se você fizer isso, seus gadgets saberão.)

Os futuristas previram a tecnologia de leitura da mente durante anos. E embora a detecção de padrões de ondas cerebrais já fosse possível por décadas, o ingrediente que faltava era a capacidade de interpretá-los.

Agora, graças à Inteligência Artificial (IA) e ao Machine Learning, podemos finalmente saber o que está acontecendo na mente das pessoas.

O processo geral é esse. Pesquisadores desenvolveram um software que faz leituras do cérebro das pessoas e as combina com palavras ou imagens. Uma vez mapeadas, leituras futuras podem ser lidas, interpretadas e usadas para vários tipos de aplicações de controle mental ou reveladoras da mente.

Por exemplo, os gênios do MIT inventaram um dispositivo  e um aplicativo de Machine Learning que fazem conversão de fala para texto em tempo real – mas sem a parte da fala: o AlterEgo.

Explico.

Eletrodos no dispositivo interceptam sinais neuromusculares enviados pelo cérebro para o rosto, e a aplicação de Machine Learning os transcreve em texto. Substitui a vocalização por “subvocalização” ou “fala silenciosa”.

Os pesquisadores usam uma rede neural para combinar sinais neuromusculares específicos com palavras específicas. A fisiologia de cada pessoa é diferente. Os pesquisadores conseguiram atingir 92% de precisão após 15 minutos de personalização e treinamento.

O dispositivo também fornece saída de condução óssea. Isso significa que você pode fazer solicitações a um assistente virtual e obter resultados audíveis apenas para você, tudo sem o conhecimento de pessoas sentadas à sua frente.

Este é um uso surpreendente para a tecnologia de leitura da mente, porque não “lê” pensamentos em geral, apenas “instruções” enviadas do cérebro para o rosto para falar (mesmo que a fala real não ocorra de forma audível ou visual).

Além disso, apenas adota um comportamento existente – interação falada e audível com um assistente virtual – e torna-o silencioso e invisível, aumentando assim o leque de situações em que se pode usar um assistente virtual.

Claro, o dispositivo em si parece ridículo . Ninguém vai usar isso em público. O que é importante sobre esta pesquisa é a prova de que a subvocalização pode ser uma interface importante no futuro.

Cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, criaram um dispositivo de leitura da mente que também transforma a atividade mental em texto com precisão superior a 90% . Em vez de compreender as palavras que uma pessoa está subvocalizando, ela pode detectar o que essa pessoa está ouvindo, apenas com a atividade cerebral.

Os pesquisadores se aproveitaram de um tipo de tratamento de epilepsia pelo qual os eletrodos são implantados diretamente na superfície do cérebro. Os cientistas usaram esses eletrodos para um segundo propósito, que era monitorar ondas cerebrais no córtex auditivo. Eles pegaram esses dados e usaram algoritmos para decodificar os sons específicos da fala enquanto eram ouvidos pelo sujeito.

É o primeiro passo para criação de um gadget usado externamente para converter pensamentos em texto – seja discurso “percebido” ou “produzido”.

A pesquisa da Universidade Carnegie Mellon encontrou maneiras de ler “ pensamentos complexos ” baseados em varreduras cerebrais e produzir texto de acordo com isso. O estudo da universidade demonstrou que o pensamento complexo poderia permitir que a IA previsse a próxima “sentença” no processo de pensamento.

Até o Facebook tem um projeto de leitura da mente em andamento . A divisão Building 8 da empresa de redes sociais está trabalhando em uma maneira de os usuários enviarem mensagens do Facebook Messenger usando apenas pensamentos.

A Microsoft, que sempre foi a empresa de interface com o usuário, recebeu patentes no ano passado por interfaces que usam a atividade cerebral para ” alterar o estado de um computador ou de aplicativos“.

Um exemplo é diminuir o volume da música com base na atividade mental típica da irritação com o ruído alto. Ele pode ser usado para qualquer número de produtos relacionados à Microsoft, desde aumentar a precisão de um mouse até habilitar aplicativos de mais alto nível no sistema de realidade mista HoloLens.

A pesquisa de leitura da mente também está progredindo na leitura de imagens. Um estudo recente da Universidade de Toronto Scarborough foi capaz de recriar rostos mostrados aos sujeitos com base em sua atividade cerebral.

Foram mostradas 140 faces a 13 pessoas. As leituras de eletroencefalograma (EEG) foram processadas por um algoritmo de IA desenvolvido pelos cientistas e produziram cópias embaçadas, porém reconhecíveis, do que ffoi mostrado a cada pessoa.

Não foi a primeira vez que pesquisadores conseguiram reconstruir imagens baseadas em estímulos visuais usando técnicas de neuroimagem.

E os pesquisadores estão certos de que, em breve, serão capazes de recriar faces da memória, um feito que tem aplicações óbvias para a aplicação da lei.

Pesquisadores da Universidade de Kyoto estão trabalhando em um sistema de rede neural que funciona de maneira semelhante à pesquisa da Universidade de Toronto.

KIOTO

Pesquisadores da Purdue University também estão lendo mentes usando máquinas de IA e fMRI. Eles usaram Inteligência Artificial para treinar seu software para prever a atividade cerebral no córtex visual a partir da apresentação de vídeos. Com o tempo, eles puderam descobrir o que a pessoa estava olhando com base apenas na atividade cerebral.

Os aplicativos de leitura da mente também estão aparecendo em outros contextos.

Uma startup chamada Neurable está trabalhando em um videogame de Realidade Virtual (VR) para ficção científica chamado Awakening. O jogo vem com uma faixa de eletrodso que se conectam a um headset HTC Vive VR.

Assim como na tecnologia do MIT, o jogo da Neurable não lê “pensamentos”, mas usa a atividade neural para comandos ou instruções.

Um participante do programa de aceleração Vive X, da HTC, chamado Looxid Labs, está construindo um headset móvel de Realidade Virtual com tecnologia de detecção de emoção integrada que usa rastreamento ocular e monitoramento de ondas cerebrais.

A empresa também desenvolveu acessórios para o HTC Vive que fazem a mesma coisa. Kits de desenvolvedores estão programados para lançamento no verão americano.

Em um nível mais prático, a gigante automobilística Nissan revelou seu carro-conceito IMx KURO no Salão de Genebra deste ano. O sistema usa ondas cerebrais monitoradas para acelerar a reação do carro. Por exemplo, quando detecta que o motorista pretende aplicar os freios, ele começa a frear antes mesmo de o motorista pisar nos freios. A Nissan alega que os tempos de reação podem ser acelerados em até meio segundo.

controledamente

A melhor aplicação é para uso comercial 
O que está ficando claro agora é que o melhor uso da IA ​​associada à leitura da mente não é um aplicativo independente para o controle da mente ou telepatia. É o aprimoramento dos aplicativos de negócios já existentes.

A autocorreção e o reconhecimento de fala poderiam ser melhorados para algo próximo de 100% de precisão, combinando tecnologias existentes com aplicativos de leitura mental para entender os processos de intenção ou os pensamentos.

Em vez do cenário de ficção científica de algum cérebro ciborgue trazendo o dedo para a têmpora e expondo exércitos de robôs mentalmente comandados, as aplicações de leitura da mente podem simplesmente fazer tudo acontecer de forma mais precisa e automática. Luzes e sons podem aumentar ou diminuir com base na preferência mental no momento, por exemplo.

Interfaces de usuário sempre podem fazer exatamente o que nós queremos. E nossos próprios pensamentos podem ser refletidos de volta para nós sem escrevê-los manualmente e ler o que escrevemos.

Agora que a IA possibilita a leitura real da mente, é hora de considerar que tais aplicativos podem ser práticos, podem melhorar a produtividade e podem ser realmente agradáveis ​​de usar.

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