Sua casa minerando criptomoedas! Avast mostra como criminosos podem usar IoT

Aparelhos IoT podem ser usados por cibercriminosos na mineração de criptomoedas / Imagem: Reprodução

Durante a Mobile World Congress 2018, a Avast apresentou formas que cibercriminosos podem explorar para minerar criptomoedas. O ato seria realizado em dispositivos IoT e em smartphones. Na ocasião, a empresa de segurança digital experimentou a mineração de Monero em uma Smart TV.

Atualmente, a companhia realizou um levantamento o qual identificou que seriam necessários mais de 15,8 mil equipamentos para minerar US$ 1.000 em Monero, nos quatro dias do congresso sediado em Barcelona, na Espanha.

Esses aparelhos de Internet das Coisas, como webcams e TVs inteligentes, contam com um baixo poder de computação. Por isso, os cibercriminosos precisam atacar em massa, a fim de obter ganhos maiores.

“Até recentemente, os cibercriminosos estavam focados na propagação de malwares para transformar PCs em máquinas de mineração de criptomoedas, mas agora também vemos um número maior de ataques mirando os dispositivos de IoT e smartphones”, explica o vice-presidente sênior e gerente geral para Mobile da Avast, Gagan Singh.

O sistema de dispositivos IoT gera novas chances para os hackers comprometerem a segurança e a privacidade das pessoas. A primeira botnet de IoT, chamada de Mirai, foi criada em 2017 com a função de minerar criptomoedas. Após isso, as possibilidades de ameaças teriam crescido.

Vale lembrar que, além de quebrar a privacidade, a mineração de criptomoedas por cibercriminosos causa altas contas de energia, baixo desempenho e vida útil menor da máquina.

Em um estudo da própria Avast, divulgado em agosto do ano passado, cerca de 20% dos dispositivos IoT no Brasil estão sob ameaça de ataques cibernéticos.

FONTE:  EXAME