Startup fatura criando ambientes imersivos para processos seletivos

Para dar mais agilidade a etapas do processo de contratação, a Workverse desenvolve dinâmicas imersivas, por meio de ambientes virtuais personalizáveis.

Passar pela experiência de se candidatar a uma vaga de emprego e participar de processos seletivos muitas vezes é estressante e gera enorme ansiedade. Pensando em humanizar essa jornada para os candidatos e reduzir o turnover precoce, Daniel Uchôa, Carolina Pereira e Victor Almeida fundaram a Workverse, uma plataforma que traz soluções imersivas e gamificadas para os processos de contratação.

Com experiência na área de multimídia e TV digital, Uchôa teve a ideia de começar uma empresa em 2008. Na época, ele viu a oportunidade de empreender com tecnologia. “Ao terminar meu trabalho de mestrado, eu tive a ideia de transformar minha expertise em um produto. Em 2008, o mercado audiovisual estava com a captação e transmissão bem consolidadas, logo pensei que o futuro seria promover experiências imersivas e mais próximas da interação humana”, lembra o empreendedor.

No começo, o foco da empresa foi o mercado publicitário, ajudando grandes companhias a inserir elementos de interatividade e gamificação para conquistar novos clientes. No entanto, ao longo desse caminho, Uchôa decidiu pivotar o negócio. “Eu sempre quis que nossas soluções gerassem impacto na vida das pessoas. No marketing, a gente entendia que o nosso produto estava sendo subutilizado.” Em 2018, junto com Carolina Pereira e Victor Almeida, Uchôa fundou a Workverse.

A decisão de mudar também foi acelerada após ele ter a oportunidade de aplicar suas soluções na área de RH da Vivo. “Foi aí que encontramos esse nicho que nunca tínhamos pensado. Promover soluções em um dos momentos mais importantes da vida de uma pessoa, quando ela está tomando uma decisão que impactará seus próximos anos”, diz Uchôa.

Segundo Pereira, a startup conseguiu clientes rapidamente, constatando que existia uma oportunidade no mercado. Atualmente, muitas empresas não possuem seus processos de recrutamento digitalizados. “As soluções mais avançadas do mercado são aplicativos em que você submete documentos, tira fotos e anexa nas plataformas. Quando não é pelo aplicativo, vai por e-mail. Para a fase de carta oferta é só ligação ou e-mail”, afirma Uchôa.

Para dar mais agilidade a essas etapas, a Workverse desenvolveu dinâmicas imersivas, por meio de ambientes virtuais personalizáveis, nos quais uma assistente virtual guia os candidatos por todo o processo, incluindo fase de oferta e admissão.

“Na parte de carta oferta, 80% dos recrutadores gastam tempo atendendo dúvidas. Nas nossas soluções, o candidato entra no ambiente virtual e vivencia os benefícios de forma lúdica, tomando uma decisão consciente. A gente acelera todo esse processo, automatiza e libera cerca de 80% do tempo deles. 70% de todas as ofertas são aceitas em 15 minutos. A empresa tem ganhos de velocidade, nível de satisfação e redução no turnover precoce”. afirma Uchôa.

Na plataforma, os candidatos e membros do RH recebem todos os dados da etapa de imersão. O tíquete médio das soluções é de R$ 90 mil, com mensalidades de R$ 7,5 mil, dependendo da volumetria de novos colaboradores ingressantes. A startup hoje atende mais de 20 grandes clientes, como Vivo, Bradesco, Nestlé, Carrefour, Novartis e AstraZeneca.

Neste ano, a Workverse faturou R$ 3,4 milhões. A expectativa é dobrar esse valor no próximo ano. Para isso, está no radar fazer uma rodada de investimento.

FONTE: https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2022/12/startup-fatura-criando-ambientes-imersivos-para-processos-seletivos.ghtml