“Ao dobrar de tamanho em 2019, a Cargo X, startup de logística que conecta caminhoneiros autônomos a transportadoras por machine learning, quer desbravar estradas estradas ainda mais distantes nos próximos meses. Em 2020, a logtech vai expandir seu marketplace e ampliar os serviços financeiros às mais de 1 mil empresas frotistas cadastradas na plataforma — destinando R$ 500 milhões em capital de giro e oferecendo empréstimos para compra de caminhões. Com tudo isso, a empresa que nasceu dentro do Cubo Itaú, o maior hub de inovação da América Latina, quer se tornar o próximo unicórnio brasileiro.
“Quero ampliar o capital de giro para as transportadoras porque ele é muito pequeno. Afinal, se elas crescem, eu cresço junto”, avaliou Federico Vega, fundador e CEO da startup. A estratégia de capitalizar os empreendedores teve início em junho, quando a Cargo X anunciou uma fundo de investimento de R$ 100 milhões. A oferta de crédito está sendo realizada em parceria com um banco, que não foi revelado pela startup.
A estratégia de Vega não é infundada. Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Brasil conta com uma média de 150 mil transportadoras, com cerca de 7,6 caminhões. A principal dificuldade dessas empresas, por sua vez, é ter dinheiro em caixa para investir em frota, contratação de pessoas e abastecimento. Afinal, é comum os clientes demoram para efetuar o pagamento da entrega.
“Planos para 2020
Para manter um crescimento de 20% ao mês, a Cargo X vai expandir seu marketplace gratuito que conecta empresas a transportadoras de cargas de grande porte, a Cargo Force. A plataforma permite que as empresas contratem os serviços de frete que desejarem. O oposto também pode ocorrer. As transportadoras podem oferecer seus serviços às companhias e selecionar as melhores propostas. Entre os clientes da plataforma estão a Ambev, Votorantim e Unilever.
Com 400 funcionários e meta de crescimento de 100% em 2020, a startup deve ser tornar o próximo unicórnio brasileiro, de acordo com relatório da consultoria global CB Insights.
“Quando começamos o negócio, em 2014, poucos caminhoneiros tinham acesso ao smartphone. Hoje, eles já têm o aparelho e a internet está melhor. Afinal, no futuro, quem não estiver conectado, estará fora do mundo”, avaliou o empreendedor.”
FONTE: GAZETA