Realidade Aumentada da Apple poderá transformar negócios e o consumo

A Apple está trabalhando no desenvolvimento de óculos de realidade aumentada (AR) há alguns anos e a expectativa é de que a empresa apresentará o produto até 2020. Confira o que pode ser esperado.

Apple: a próxima geração

O analista Ming-Chi Kuo diz que o lançamento vai inaugurar a “interface revolucionária da próxima geração”, provavelmente referindo-se às experiências sofisticadas de realidade virtual que serão controladas por uma combinação de fala, gesto, movimento e toque. Sensores de movimento serão ativados pelo que o usuário faz com seus braços, por exemplo.

Já existem alguns bons exemplos que ajudam a ilustrar como é possível usar esses sistemas no mundo real. Aqui estão três:

Treino e educação

Em seu livro, Rewiring Education, o vice-presidente de educação da Apple John Couch afirma que acredita que a AR pode se tornar “uma das tecnologias educacionais mais transformadoras que já existiu”.

Ele também não vê isso isoladamente, apontando como AR pode ser usada com tecnologias de ponta, como inteligência de máquina, impressão 3D ou até mesmo holografia, para criar experiências de aprendizagem profundamente imersivas nas quais os alunos podem se envolver com o que está sendo aprendido.

Quando se trata de recursos de treinamento, o aluno não estará apenas tentando entender ideias de um livro, mas também será exposto a elas no espaço virtual, onde poderá dividir as coisas para entendê-las mais. Isso deve se traduzir em oportunidades para aumentar a retenção de funcionários, criando experiências de treinamento e integração mais personalizadas.

Planejamento, arquitetura e design

Já existem bons exemplos de realidade aumentada em museus, galerias de arte e em outros lugares, mas talvez uma das melhores ilustrações seja no Apple Park, onde a Apple criou uma exposição ampliada em AR que mostra e descreve como sua sede é feita.

Os arquitetos gastam muito tempo e dinheiro criando modelos 3D de espaços que desejam construir. Com AR, eles podem criar prédios virtuais e permitem que os usuários explorem esses prédios, ou até identificar problemas com mais precisão do que antes.

Os designers de produto podem usar essas tecnologias para prototipar rapidamente novos designs de produtos e, com impressão 3D, tornar os objetos físicos rapidamente. Além disso, os trabalhadores de resgate (ou seus ajudantes remotos) podem usar essas tecnologias para explorar espaços no mundo virtual, tornando a jornada um pouco menos perigosa no mundo real.

A Porsche introduziu uma solução de serviços técnicos baseada em AR, projetada para ajudar os revendedores de automóveis a oferecer uma ajuda mais eficaz aos clientes.

Seu sistema Tech Live Look permite que os engenheiros da concessionária usem um par de óculos AR e se conectem à equipe de suporte técnico, que pode ver o que o engenheiro vê e fornecer conselhos eficazes. A empresa acredita que isso torna as tarefas de manutenção 40% mais rápidas.

Maior engajamento

Um estudo recente da Cuseum afirma que 90% dos visitantes de museus gostam de tecnologias móveis porque facilitam o acesso e o entendimento das informações. A Accenture observou que as ferramentas de AR que ajudam os visitantes a aprender mais sobre lugares para onde vão são populares. Esse relatório também viu dois terços dos consumidores dizendo que queriam usar a tecnologia para aprender novas habilidades, para acessar manuais em 3D e para vários tipos de experiências de compras virtuais.

Outras aplicações

Saúde, varejo, engenharia, eventos ao vivo, entretenimento multimídia e o setor imobiliário são alguns dos outros segmentos que já estão trabalhando com essas tecnologias. Além disso, há guias de cidades ou até mesmo turismo virtual (por exemplo, Discovery Channel, MetaVRse, YouVisit) e entrega aprimorada de atrações turísticas (VisitAR).

As empresas devem pensar profundamente sobre a escala disso. A Lumus Vision estima que a AR estará entregando, até 2025, os seguintes números:

Videogames: US $ 1,16 bilhão

Saúde: US$ 5,1 bilhões

Engenharia: US$ 4,7 bilhões

Entretenimento: US $ 4,1 bilhões

Casa e imobiliário: US$ 2,6 bilhões

A indústria de realidade aumentada poderá chegar a US$ 21 bilhões ainda em 2018, crescendo 133% ao ano, de acordo com a VRARA. E os números deverão crescer mais, já que à medida que ferramentas de realidade virtual de ponta (como os óculos da Apple) chegam ao mercado, o uso (para B2B e B2C) se expandirá.

O que as empresas deveriam fazer?

Faz sentido que as empresas comecem a reservar os gastos com P&D para o desenvolvimento em pequena escala de experiências de AR que possam apoiar seus negócios existentes.

Também é interessante considerar como AR, em conjunto com a análise de dados, inteligência de máquina e inteligência preditiva, pode introduzir novas oportunidades de negócios.

FONTE: IDGNOW!