Realidade Aumentada: como tirar o projeto do papel

Avaliar os benefícios da tecnologia e testá-la em escalas menores são alguns dos passos; até 2020, cerca de 100 milhões de consumidores comprarão em ambientes de RA

Segundo projeções do Gartner, em 2020, cerca de 100 milhões de consumidores comprarão em ambientes de Realidade Aumentada. A tecnologia, que proporciona novas possibilidades e experiências de compra por meio da mistura entre o mundo real e virtual, e interações 3D, já pode ser vista em algumas lojas. Em 2013, por exemplo, a empresa de móveis Ikea lançou um  catálogo de RA que permitiu aos compradores visualizar como certas peças de mobiliário ficariam em suas casas. Ao criar a ilusão de que novos elementos fazem parte do ambiente, a ideia é gerar mais interação e abrir uma dimensão diferente na maneira como as pessoas adquirem produtos, interagem com o atendimento e se engajam em ações de marketing.

“A tecnologia transforma a experiência do cliente e torna a venda muito mais certeira. Por meio dela, é possível ‘levar’ o produto para qualquer lugar”, explica Agesandro Scarpioni, coordenador acadêmico da Fiap (Faculdades de Informática e Administração Paulista). Mas, para adotá-la, é preciso planejamento. Veja, a seguir, alguns passos:

1. Estudo do negócio

O primeiro passo é entender como a tecnologia funciona e de que maneira pode ajudar a empresa. “Nesse processo, uma pergunta ajuda muito: de que forma posso criar uma experiência de compra agradável para o meu cliente?”, explica Scarpioni. Isso inclui fazer um estudo do negócio, do público-alvo e das aplicações da RA.

2. Infraestrutura

Depois disso, é preciso criar um modelo 3D do produto que será usado. As companhias podem optar por desenvolver o seu próprio software – o que demanda uma equipe especializada – ou procurar uma empresa da área. “Essas empresas já possuem profissionais que trabalham com IOS e Android e as habilidades e competências necessárias para desenvolver o projeto. Por isso, podem ser uma opção mais viável”, ressalta Scarpioni.

3. Projeto-piloto

Fazer um protótipo do produto final para ter certeza que vale a pena seguir com o investimento é essencial. Muitas vezes, a empresa descobre, fazendo um projeto-piloto, que a ideia não faz diferença para o negócio ou que precisa de ajustes. Até o lançamento do produto final, é importante analisar, também, como o público-alvo se comportaria. “Fazer uma pesquisa para entender se o cliente realmente está disposto a usar a  ferramenta é muito importante. Será que ele experimentaria um produto virtualmente?”, explica o especialista.

FONTE: IT FORUM 360