Psicólogos criam algoritmo capaz de diagnosticar ansiedade e depressão em crianças

Por meio da inteligência artificial, a tecnologia emite os diagnósticos em apenas três minutos

Tecnologia detecta depressão e ansiedade entre crianças (Foto: Doce de Leite Fotografia/Divulgação NaToca)

depressão e a ansiedade têm sido apontados como o mal do século, atingindo pessoas de todas as idades. Entre crianças, pode haver dificuldade no diagnóstico, o que faz com que pais e responsáveis demorem para entender a situação dos pequenos. Contudo, uma nova tecnologia desenvolvida pela pscicóloga e pesquisadora da Universidade de Vermont, Ellen McGinns, é capaz de identificar os sentimentos negativos entre as crianças.

Para a criação do aparelho de inteligência artificial, a pesquisadora pediu que 71 crianças de três a oito anos inventassem uma pequena história de três minutos. A partir do enredo improvisado, elas foram julgadas de acordo com o conteúdo e relevância. Além disso, enquanto apresentavam suas narrativas, elas eram perturbadas por sinais sonoros que indicavam a cronometragem do tempo. Esses sinais significavam o estresse externo e a submissão ao julgamento de uma terceira pessoa. A partir das reações obtidas, a taxa de ansiedade do pequeno era mensurada.

Para verificar a precisão do diagnóstico, as crianças e seus pais também passaram por uma entrevista clínica. “O algoritmo foi capaz de identificar crianças diagnosticadas com transtornos de ansiedade com uma precisão de 80%”, disse Ryan McGinnis, co-autor do estudo. A grande inovação também está relacionada ao tempo de identificação do distúrbio, que, de gradual, passou para apenas três minutos.
A tecnologia se baseia em três critérios reunidos pelos pesquisadores.
Estes correspondem aos sintomas da depressão nervosa, como uma voz monótona, as repetições no discurso e um tom mais alto ao soar do estímulo estressante. Tais características são parecidas para o diagnóstico adulto, porém, o novo desafio para os psicólogos é criar um algoritimo de rastreamento universal.
FONTE: CASA E JARDIM