Planeta agradece! Nova impressão 3D cria objetos com materiais ecológicos

Engenheiros da Universidade da Flórida desenvolveram um método para impressão 3D que é mais “verde” e econômico.

Engenheiros da Universidade da Flórida (UF), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método para impressão 3D. Chamado de “separação de fases induzida por vapor” – ou VIPS-3DP, para simplificar – o método cria objetos de material único e também de múltiplos materiais.

Para quem tem pressa:

  • Engenheiros desenvolveram o método “separação de fases induzida por vapor” para impressão 3D (VIPS-3DP, para simplificar). Ele permite a criação econômica e sustentável de objetos personalizados, usando materiais únicos ou múltiplos;
  • O método utiliza líquidos à base de polímero solúveis e vapor não solvente para solidificar a tinta. Isso permite a impressão de materiais avançados, incluindo metais;
  • O VIPS-3DP também possibilita a impressão de peças com porosidade ajustável em múltiplas escalas e a combinação de diferentes materiais em uma única estrutura, útil para aplicações médicas e aeroespaciais;
  • O novo método de impressão 3D é considerado uma alternativa mais verde e econômica aos métodos tradicionais. Ele utiliza menos energia e conta com materiais sustentáveis, além de reduzir a necessidade de infraestrutura extensa.

A descoberta, publicada na revista Nature Communications, tem o potencial de avançar o mundo da fabricação aditiva (outro nome para “impressão 3D”).

Yong Huang, professor no departamento de engenharia mecânica e aeroespacial da UF, disse que o processo de impressão desenvolvido por ele e seus colegas permite que fabricantes criem objetos personalizados de forma econômica e sustentável.

É mais econômico e muito mais simples do que as tecnologias equivalentes atuais. É um processo acessível para imprimir materiais avançados, incluindo metais.

Yong Huang, professor no departamento de engenharia mecânica e aeroespacial da Universidade da Flórida

Novo tipo de impressão 3D

Para entender o processo, imagine usar líquidos especiais ecologicamente corretos para fazer a “tinta” de uma impressora 3D. Esses líquidos à base de polímero solúveis podem incluir partículas de metal ou cerâmica.

Quando você imprime com essa tinta, um vapor não solvente é liberado na área de impressão. Esse vapor faz a parte líquida da tinta solidificar, deixando para trás o material sólido. Esse é o tal processo de separação de fases induzida por vapor.

Huang explicou que o processo permite que fabricantes imprimam peças de múltiplos materiais com porosidade multi-escala e espacialmente ajustável. Traduzindo: significa criar estruturas que têm diferentes tipos de substâncias em diferentes locais e com níveis variados de porosidade.

A porosidade do objeto refere-se a ele ter minúsculos buracos ou lacunas. Neste caso, isso é criado ajustando as condições de impressão e/ou quanto material sacrificial é usado durante o processo VIPS-3DP. Isso pode ser útil para fabricar, por exemplo, implantes médicos porosos ou produtos aeroespaciais leves.

Além de exigir menos investimentos em infraestrutura, o processo de separação de fases induzida por vapor é uma opção mais verde em comparação aos métodos de impressão tradicionais porque usa materiais sustentáveis e menos energia.

FONTE:

https://olhardigital.com.br/2024/04/12/ciencia-e-espaco/planeta-agradece-nova-impressao-3d-cria-objetos-com-materiais-ecologicos/