Para executivos de tecnologia, Brasil precisa avançar na inclusão digital para crescer

No Fórum Brasil Digital, executivos discutiram os desafios e o papel das organizações na transformação digital e na geração de empregos

O Brasil ocupa o 72º lugar no ranking de inclusão digital, ao passo que existem 500 mil vagas abertas em tecnologia a espera de profissionais qualificados. É nesse cenário que empresários, políticos e teóricos discutiram formas de promover inclusão digital, no Fórum Brasil Digital, nesta quinta-feira (21/11) no Cubo Itaú, em São Paulo.

“Não adianta comprar uma tecnologia ou criar programas de inclusão e deixar que eles trabalhem por si só. É preciso criar uma plataforma de transformação cultural dentro das empresas”, afirma Rodrigo Galvão, presidente da Oracle. Galvão participou, ao lado de Cristina Palmaka, presidente da SAP; Lidia Abdalla, presidente dos Laboratórios Sabin; e Laercio Albuquerque, presidente da Cisco, do painel “O Brasil que Queremos: Inovação e Inclusão Digital”, que contou com a mediação de Miguel Setas, presidente da empresa de energia EDP.

Para Laercio Albuquerque, presidente da Cisco, não existe país bem-sucedido no mundo digital sem inclusão. “É papel das organizações preparar a sociedade. Com as novas tecnologias, milhares de empregos serão extintos e novos serão criados. O futuro do trabalho é ter trabalho para todos no futuro”, destacou o executivo.

Laercio ressaltou urgência do país em formar talentos em tecnologia. “Quando o Brasil for um vencedor no mundo digital, os governos, as empresas e toda a sociedade também serão.”

Em sua primeira edição, o Fórum Brasil Digital é uma iniciativa do Movimento Brasil digital, grupo criado em 2018 para promover o diálogo entre os setores público e privado sobre iniciativas de tecnologia e inovação no país.

De acordo com Lidia Abdalla, presidente dos Laboratórios Sabin, políticos e empresários devem liderar a transformação digital no Brasil. “É nosso dever garantir o crescimento dos negócios e criar políticas públicas focadas na formação digital dos cidadãos”, afirma.

Para Cristina Palmaka, liderança à frente da gigante de software alemã SAP no Brasil, mais do que tecnologia, a transformação digital deve dar foco às pessoas. “Para a sociedade se desenvolver, a palavra-chave deve ser a colaboração. Por outro lado, a tecnologia também pode contribuir para tornar as empresas mais humanas”, diz Cristina.

 

FONTE: ÉPOCA