Para a Apple, óculos inteligentes podem substituir os iPhones já na próxima década

A gigante de Cupertino reforça aposta em wearables e realidade aumentada

Informações vindas de uma reunião interna da Apple em outubro (via The Information) sugerem que a companhia planeja lançar headsets munidos com realidade aumentada e virtual em alguma altura de 2021 ou 2022. Uma projeção corroborada por nota da Bloomberg no último dia 11. E daí, a empresa de Cupertino deve desenvolver seus próprios smart glasses (pense no Google Glass e no Hololens da Microsoft, óculos que projetam objetos ou telas virtuais no campo de visão do usuário). Lideranças da companhia então sugerem: estes wearables vão ser o próximo passo da Apple no campo de tecnologias para o consumidor – no espaço de uma década, tão importantes quanto o iPhone.

A estratégia vem em partes: entre 2021 e 2022, a Apple deve lançar um dispositivo similar ao Oculus Quest, um dispositivo VR wireless capaz de alta resolução e mapeamento de seus arredores. Depois, uma aparelho de realidade aumentada que lembre mais um óculos tradicional, cuja armação grossa será lar de uma bateria e processadores. Finalmente, uma versão do wearable melhor afinada ao uso cotidiano. Todos movidos por um novo sensor 3D desenvolvido pela companhia.

Experiências da Apple neste campo datam de 2015, embora apenas parte deste know-how chegou ao usuário final.

A Apple vem desde a linha XS focada em soluções de realidade aumentada, aproveitando as benesses de um novo e potente chipset (o A12 Bionic, 5% mais rápido e 50% mais econômico que a geração anterior). Apps para iPhone aproveitam da nova arquitetura para realizar AR sem precisar de QR Codes ou similares – a câmera movida a inteligência artificial faz o grosso do trabalho, mapeando o ambiente de forma tridimensional.

Em outros fronts, a companhia também vem investindo em conteúdo original através de serviços como o Apple TV+ e seu serviço de assinatura gamer Apple Arcade, que podem cair como uma luva em dispositivos VR.

FONTE: GQ