A incorporadora trouxe do Vale do Silício o Site Scan, plataforma da 3DR para análise de terrenos e acompanhamento de obras
A HM Engenharia, subsidiária do grupo Mover (antigo Camargo Corrêa) com foco em moradia para o mercado de baixa renda, iniciou um processo de renovação e inovação em 2017. A chegada dos diretores executivos Sylvia Blanco e Mauro Bastazin promoveu uma transformação cultural interna e ampliou a procura por novas tecnologias. Neste sentido, os líderes decidiram ir ao Vale do Silício, nos EUA, buscar inspiração no principal ecossistema de inovação em construção no mundo.
Drones à obra
Apesar de a empresa já utilizar drones antes da ida ao Vale, uma plataforma completa como é o Site Scan levou a tecnologia para outro patamar. De acordo com Daniel Oliveira, analista de projetos técnicos da HM, o software é usado, hoje, em duas etapas da construção: avaliação de terrenos para prospecção (estudo de viabilidade) e acompanhamento de obras.
Na prospecção, os operadores dos drones programam o voo de forma antecipada pelo Site Scan. O veículo, então, faz a captação de imagens de forma automática, fornecendo uma topografia “muito mais precisa que a do Google”, de acordo com Daniel.
Rodrigo Penha, superintendente de obras da HM Engenharia, afirma que o uso da ferramenta para prospecção de terrenos é prático e traz ganhos em eficiência. “Na hora de fazer a análise do terreno, o responsável já vai com o voo programado e não atrasa em nada a rotina. Ganhamos tempo e com precisão muito maior”, diz.
Na prática, realizar um estudo de viabilidade mais preciso e mais rápido pode ser decisivo na hora de fechar o negócio. A equipe de engenharia da HM revelou a StartSe que houve casos em que um terreno seria descartado pelo estudo tradicional, mas, segundo os dados coletados e processados pelo Site Scan, o terreno mostrou-se viável e foi incorporado.
Sylvia Bianco ainda ressalta que, no caso estudos de altimetria, por exemplo, os bons profissionais cobram cerca de R$ 30 mil e têm filas de terrenos para realizar o trabalho – algo que o Site Scan consegue fazer com uma programação rápida a um custo marginal, já que o software já foi contratado. “A questão de custo e de timing para concretizar o negócio é muito importante”, explica. “No nosso mercado, é ainda mais fundamental, porque trabalhamos com o segmento de baixa renda. Eu não posso gastar mais nesta etapa inicial, e nem cometer um erro estudo que vai aumentar o preço de cada unidade no fim”.
Na etapa de acompanhamento de obras, os maiores ganhos com a nova tecnologia são acelerar processos e diminuir deslocamentos. No caso de uma divergência entre os responsáveis pela obra, ao invés de ser necessário que todos vão ao local para discutir a melhor solução, eles podem acessar remotamente todas as imagens e os dados necessários pela plataforma Site Scan, até alcançar um consenso. “Aumenta muito a produtividade, porque toda a parte de inteligência pode ser feita a distância, concentramos isto no escritório”, explica Daniel Oliveira.
Adoção de novas tecnologias
Embora o Site Scan seja uma ferramenta intuitiva e que simplifica processos, a 3DR encontrou algumas barreiras – especialmente em questão da língua – quando vendeu o produto para empresas brasileiras. “Tivemos alguns early adopters no Brasil e percebemos que estávamos tendo algumas dificuldades para implementar as melhores práticas da tecnologia”, afirma Alex Brown, executivo de vendas da empresa norte-americana.
Neste cenário, a 3DR realizou uma parceria com a consultoria Smart Sky. Ela auxilia empresas na adoção dos softwares e acompanha o andamento das operações com produtos da norte-americana. Foi exatamente por conta deste modelo que, em apenas três meses, a HM Engenharia foi da primeira visita à 3DR com a StartSe até colocar o Site Scan em prática.
“Primeiramente, achamos que ia ser bem complexo”, afirma Rodrigo Penha. “O que facilitou muito foi a consultoria da Smart Sky. Nos mostrou que não precisaríamos de superpilotos de drone, que é possível programar o voo antes. Durante a operação, não tivemos grandes obstáculos”.
Os diretores executivos Sylvia e Mauro concordam que trazer inovação para a empresa já está gerando os primeiros frutos – e, por isso, querem continuar inovando. “O próximo passo é transformar o projeto todo para 3D. É a evolução do trabalho que estamos fazendo, e vai gerar ainda mais produtividade para as obras”, diz Mauro. “Mesmo em um mercado muito conservador, que é o de construção – especialmente focado em baixa renda – dá para mudar a mentalidade no dia a dia”, completa Sylvia.
FONTE: STARTSE