Fintech TruePay muda nome para Tino e remodela solução para PMEs

Com reformulação, empresa espera ajudar clientes com melhor organização financeira e mais flexibilidade no uso de recebíveis

Luis Eduardo Cascão e Pedro Oliveira, fundadores do Tino, antiga TruePay (Foto: Divulgação)

fintech TruePay, criada com a proposta de viabilizar o uso de recebíveis por pequenos varejistas no pagamentos a fornecedores, agora se chama Tino. A partir desta terça-feira (13/9), a startup passa a usar o novo nome e apresenta uma evolução da plataforma em que oferece crédito para que o empreendedor faça negócio e os recebíveis passam a ser usados como garantia de pagamento em caso de inadimplência.

Foram conversas com os clientes que pautaram a mudança, inclusive do nome. A partir de entrevistas realizadas com 10 grupos com pessoas de diferentes idades, regiões e orientações sexuais para entender como deveria ser a comunicação com seu público-alvo, a fintech chegou ao nome Tino, mais próximo do brasileiro. “O nome anterior não trazia significado para o nosso público de PMEs. Tino é uma homenagem ao pequeno empreendedor, colocamos ele como protagonista da jornada”, explicou Luis Eduardo Cascão, cofundador e COO da fintech.

A fintech nasceu em dezembro de 2020 e lançou seu produto em junho de 2021 a partir de uma nova regulação do Banco Central que permitia o uso de recebíveis de maquininhas de cartões de crédito. A TruePay permitia que o pequeno varejista bancasse compras junto a fornecedores com o saldo e assim repusesse estoque. No entanto, os fundadores entenderam a grande função dos recebíveis para o empreendedor é financiar as suas operações. Ou seja, usar os valores como meio de pagamento gerava desorganização e causava instabilidade.

A ideia do Tino é solucionar essa questão dando flexibilidade à PME, que nem sempre vende e compra na mesma quantidade diariamente. Segundo a startup, o limite de crédito será personalizado de acordo com as necessidades e a capacidade de venda de cada empreendedor. Os clientes podem antecipar ou postergar pagamentos dentro da solução e realizá-los via boleto, pix ou outro método. Os valores usados como garantia só são acessados pelo Tino em caso de inadimplência.

“Foi uma grande mudança de paradigma. Vimos que usar os recebíveis como forma de pagamento atrapalhava a vida do empreendedor. O novo modelo permite mais organização e mais compras”, pontua Pedro Oliveira, CEO da fintech.

Ambiente da plataforma Tino (Foto: Divulgação)

Ambiente da plataforma Tino (Foto: Divulgação)

A TruePay foi uma das startups selecionadas para a lista 100 Startups to Watch 2022, elaborada por PEGN, na categoria de Finanças. A fintech fechou 2021 com dois aportes, de rodadas seed e Série A, que somaram R$ 220 milhões. Segundo os fundadores, os investimentos foram alocados em tecnologia e engenharia de software para criar o novo modelo da solução. Cento e trinta colaboradores, distribuídos pelo Brasil e também em outros países, fazem parte do time.

Atualmente, o produto é utilizado por mais de 10 mil clientes de diferentes setores, com presença forte dos segmentos de construção, beleza e restaurantes. De acordo com Oliveira, a ideia da startup é focar esforços nos consumidores atuais, que servem como divulgadores do serviço de forma orgânica. “Eles nos recomendam se têm uma experiência ótima, são a nossa principal força de crescimento. Cada um tem trazido de um a dois varejistas e outros fornecedores também”, declarou.

FONTE: https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2022/09/fintech-truepay-muda-nome-para-tino-e-remodela-solucao-para-pmes.html