Feedbot: um braço robótico para autonomizar doentes com dificuldades de mobilidade durante as refeições

O projeto é conduzido por quatro investigadores portugueses e é resultado de uma parceria entre o Instituto de Sistemas e Robótica, do Instituto Superior Técnico, e a Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos da América.

O Feedbot é um braço robótico desenvolvido por um grupo de quatro investigadores portugueses, que pretende autonomizar doentes com paralisia e Parkinson durante as refeições. O braço perceciona o ambiente e localiza em tempo real a cabeça do seu utilizador, colocando os alimentos numa posição segura para serem ingeridos.

O projeto teve início em 2018, contou com o financiamento da FCT e é resultante da colaboração entre o Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico e a Carnegie Mellon University, de Pittsburgh, nos Estados Unidos da América.

 Manuel Marques, um dos mentores do projeto e investigador em áreas como a Visão por Computador, sofre de paralisia cerebral e quis desenvolver esta tecnologia com o objetivo de proporcionar uma melhor adaptação e maior autonomia às pessoas com pouca mobilidade.

O projeto tem a duração de um ano e encontra-se presentemente numa fase em que estão a ser trabalhados desafios relacionados com a Visão por Computador e manipulação, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o movimento humano e criar uma base de reconhecimento de imagem e análise de movimentos, associados a um novo paradigma em que os robôs são capazes de se adaptar autonomamente ao ambiente envolvente.

Para além de contar com a colaboração de investigadores de várias áreas, a equipa tem colaborado assiduamente com o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, uma oportunidade que se tem revelado importante para testar o braço robótico com grupos de pessoas mais abrangentes e diferentes alterações de movimento.

FONTE: EXAME INFORMÁTICA