Esta profissão pode render salários de até 15 000 reais

O especialista em drones deve saber muito mais do que simplesmente pilotar o equipamento aéreo para se destacar no mercado

Matheus Loss, de Passo Fundo (RS): avaliação de áreas doentes em fazendas e carteira com 30 clientes | Foto: Divulgação Octa Drones | (Tratamento de Imagem: Carlos Pedretti //VOCÊ S/A)

No Brasil, já existem mais de 40 000 drones registrados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A tecnologia, que ganhou força no país em 2016, é abrangente e pode ser usada para entregar produtos ou auxiliar equipes de resgate (como ocorreu no desastre de Brumadinho, em Minas Gerais). 

Com tantas possibilidades de aplicação, os veículos não tripuláveis movimentam a economia — para ter uma ideia, o mercado global está avaliado em 127 bilhões de dólares ao ano, de acordo a consultoria PwC. Por isso, as oportunidades de trabalho são gigantes e o especialista em drones ganha espaço.

Esse profissional, além de pilotar equipamentos, deve entender seu funcionamento e processar as imagens e os dados gerados. Hoje, segundo a Drone Show (feira especializada no setor) e a Anac, 12 000 pessoas trabalham nesse segmento no Brasil e, até 2020, a expectativa é de geração de 8 000 vagas.

O segmento que promete ter mais demanda é o de infraestrutura, que representa 41% do mercado global, segundo a PwC.  “Inspeções de fachadas de prédios, estradas e ferrovias estão entre as atividades”, diz Emerson Granemann, CEO da MundoGEO e idealizador da feira DroneShow.

 Morador de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Matheus Loss, de 24 anos, estudou bastante o funcionamento da tecnologia. “Não adianta assistir a alguns vídeos na internet e achar que já sabe executar o trabalho, antes de começar a atuar como profissional fiz muitos testes para saber o que daria certo ou não”, diz.Com uma carteira de 30 clientes, ele trabalha para agricultores e empresas de engenharia. Nas fazendas, por exemplo, prepara o drone para o voo que, com uma câmera especial, identifica a qualidade das plantações. Depois, faz o processamento das informações, apontando as áreas que estão doentes e que podem prejudicar as safras.

Matheus tem um lucro médio mensal de 3 500 reais, mas ainda arca com as prestações da compra dos equipamentos, no valor total de 8 000 reais. Em um ano, porém, ele quitará o empréstimo. O investimento inicial, aliás, gira em torno de 10 000 reais — que inclui o aparelho em si, as câmeras e um seguro obrigatório.

FONTE: EXAME