Setor cresce pelo país gerando economia para os consumidores, aponta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
Você já ouviu falar em energia solar por assinatura? Este serviço, que vem crescendo no país, permite o uso de energia limpa sem a necessidade de investir na instalação de painéis solares fotovoltaicos no telhado. Para além da sustentabilidade, utilizar o formato ainda garante uma economia de 10% a 20% na conta de luz, de acordo com Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A ideia funciona de forma parecida com as plataformas de streaming: empresas criam usinas solares que possam ser conectadas à rede das concessionárias de energia elétrica já existentes e o assinante – seja de casa, comércio, empresa, apartamento ou indústria –, informa o seu consumo médio em quilowatts/hora (kW/h) ou o valor da conta, recebendo créditos.
Há planos com e sem fidelidade oferecidos pelas cerca de 20 companhias que atuam nesse mercado atualmente. “Quando o usuário aluga essa energia, a empresa de assinatura avisa a concessionária sobre a porcentagem utilizada e o desconto vem na fatura mensal. Não há risco de ficar sem energia”, explica à Casa Vogue a vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim.
Desta forma, quem desejar utilizar energia solar não precisará instalar painéis solares no telhado. Uma grande economia, já que o custo para uma residência média brasileira é de cerca de R$ 30 mil, segundo a Absolar, mas o investimento paga-se em até cinco anos. Já em relação ao streaming de energia, o aluguel é 100% virtual.
Mas porquê é mais barato?
Parte da economia vem da não aplicação das bandeiras tarifárias vigentes nas contas de energia dos assinantes – como a de Escassez Hídrica, que até meados de abril era de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Inclusive, as altas taxas cobradas fizeram aumentar a procura pelo serviço durante a pandemia.
A proposta tem atraído quem vive em imóveis alugados e comerciantes. “Para o comércio, sobretudo pequenas e médias empresas que funcionam em um imóvel que não é próprio, é bastante vantajoso, pois o custo da energia é o segundo maior, só perdendo para a folha de pagamento”, aponta a vice-presidente da Absolar.
De acordo com a entidade, há oferta da assinatura de energia solar principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de algumas cidades do Nordeste. A usina solar não precisa ficar perto, desde que a residência seja atendida pela mesma concessionária associada à empresa que presta o serviço.
A expectativa do setor é de que em 2022 o uso de energia solar deva crescer cerca de 90% em relação ao ano passado – com isso, 1,5% da produção gerada no Brasil seria utilizada pelo sistema de assinaturas.
FONTE: https://casavogue.globo.com/Design/Sustentabilidade/noticia/2022/05/energia-solar-por-assinatura-deixa-conta-de-luz-ate-20-mais-barata-veja-como-aderir.html