A Houston Mechatronics, empresa que trabalha junto com a NASA para produção de aparelhos mecatrônicos, criou um submarino que pode ganhar braços e executar funções com braços articulados. Chamado de Aquanaut, o aparelho é o misto de um veículo de transporte veloz com a mobilidade de executar função sob a água, com o bônus de ser totalmente autônomo.
O cofundador e chefe de tecnologia da Houston Mechatronics explica, em vídeo criado pela IEES Spectrum, que geralmente os UUVs conseguem fazer ou uma função ou outra. Ou seja, são rápidos e aerodinâmicos o suficiente para quebrar a resistência da água mas, pelo contrário, somente efetuam ações com braços mecânicos — e vice-versa.
A proposta do Aquanaut é conseguir alcançar o melhor dos dois mundos. Por isso, o sistema permite guardar os braços articulados dentro do chassis do veículo, quando em movimento, e expor estas partes quando necessário. A transformação entre estes dois modos é feita em apenas 30 segundos.
A companhia precisou de 14 anos, 75 funcionários e mais outras duas dúzias de colaboradores emprestados da NASA para a realização do projeto. Para isso, a companhia contou com investimento de US$ 23 milhões em capital, com rodadas de investimentos que começaram em 2014.
O objetivo é que o Aquanaut possa, sozinho, fazer a manutenção de equipamentos em regiões muito profundas. Abaixo de 300 metros, mergulhadores já possuem dificuldade de chegar com segurança.
A empresa também conta com a vantagem de que o aparelho é de fácil transporte. Diferente de outros veículos do tipo, ele não precisa de um outro equipamento gigante para ser levado de um lado para outro. Em botes simples, pesquisadores e engenheiros já conseguem levar o maquinário por aí. Além disso, o aparelho é desmontável em quatro partes, também pensando na logística.
A empresa agora vai começar a negociar com outras que possam se interessar pelo produto, além de governos que também queiram investir na tecnologia. O próprio Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou um projeto no ano passado de desenvolvimento de um sistema semelhante. Já totalmente funcional, o Aquanaut poderia substituir esta proposta de forma muito mais barata.
Fonte: IEEE Spectrum