Empreendedor chinês cria exoesqueleto inteligente que dá força sobre-humana

Wang Chao, de 25 anos, levantou um carro de 1,6 toneladas usando o dispositivo, no qual empresas de logística já estão interessadas

Wang Chao, um empreendedor chinês franzino de 25 anos, levantou um carro de 1,6 toneladas em um programa de TV local. Além de impressionar a audiência, Wang apresentou ao mundo um protótipo de exoesqueleto inteligente que permite levantar e carregar objetos mais pesados do que o corpo humano conseguiria.

O empreendedor criou a startup Tiejia Gangquan para comercializar o dispositivo, que custa cerca de US$ 4 mil. Entre os early adopters da tecnologia está a gigante do e-commerce JD.com, que pretende usar o exoesqueleto para auxiliar na logística de estoque.

O usuário veste o aparelho como se fosse uma jaqueta. Ele é equipado com um motor, bateria, sensores e um sistema central de controle. O peso total do equipamento é de pouco mais de 5kg, e ele dá força estimada em 30kg na região da cintura, parte do corpo essencial para carregar objetos pesados. O exoesqueleto conta com um sistema inteligente, por meio dos sensores, que identifica quando o usuário está carregando peso, liga o motor e promove a força sobre-humana.

Segundo o South China Morning Post, Wang afirma que teve a ideia de criar o dispositivo após assistir ao filme Homem de Ferro, quando ainda estava no Ensino Médio (no caso, no correspondente chinês deste). No longa-metragem, Tony Stark utiliza uma armadura inteligente para ter poderes de super-herói. “Os humanos precisam evoluir de uma vida baseada no carbono para uma baseada no silício”, diz o empreendedor. “Este exoesqueleto é uma solução de baixo-custo para realçar as capacidades do corpo humano, mas é apenas um ponto de entrada neste mercado”, revela.

A startup levantou, em novembro, mais de US$ 1 milhão em investimentos. Na fundação da Tiejia Gangquan, Wang Chao colocou cerca de US$ 1,4 milhão da reserva familiar no empreendimento.

Hoje, exoesqueletos são mais comuns na área da medicina, para reabilitação de pessoas que perderam a mobilidade, por exemplo. Na logística, é esperado que, no futuro breve, os carregadores sejam substituídos por robôs, tornando o projeto de Chao irrelevante. No entanto, a visão do empreendedor chinês se volta a mercados diversos e amplos.

“Todos vão precisar de exoesqueletos, por conta da limitação do nosso corpo. Por exemplo, se você pode correr a 100 km/h, não precisará de um carro”, prevê.

FONTE: STARTSE