Plataforma autoexplicativa permite ao usuário montar turmas para ensino básico, técnico ou acadêmico
O fundador e CEO da Edools, Rafael Carvalho
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A startup carioca Edools desenvolveu uma ferramenta digital para professores e escolas montarem cursos online. A plataforma para educação a distância (EAD) permite ao usuário criar conteúdo em diversos formatos, como vídeos, podcasts, slides, textos e ebooks. É possível estabelecer salas de aula virtuais e dividir os cursos em módulos, entre outras funcionalidades.
A aplicação está disponível via web e mobile, exigindo do cadastrado apenas um CNPJ ou CPF e aptidões acadêmicas ou técnicas. A mensalida tem um valor mínimo de R$ 269,00 e aumenta a depender do tamanho de cada turma montada. O profissional fica livre para cobrar separadamente dos estudantes o valor que preferir, sem participação da startup.
Criada em 2013, a plataforma reúne atualmente 250 professores e 2 milhões de alunos em todo o Brasil. A ideia surgiu a partir da experiência dos fundadores na área de educação. Rafael Carvalho, atual CEO, e Bernardo Kircoze, diretor de produto, perceberam a necessidade de oferecer um produto digital.
“Sou engenheiro de telecomunicação e tinha uma empresa física no setor de aprendizado empresarial. Ao enxergar a demanda por dinamismo no ensino, migramos para o digital neste meio tempo, entre 2011 e 2013, na altura em que os apps começaram a se proliferar”, conta Carvalho.
O projeto foi desenvolvido para dar ao professor uma ferramenta autoexplicativa para criar seus próprios cursos e administrar, também por conta própria, a oferta de aulas. “Focamos no conceito de descompartimentação, isto é, que a Edools fosse um livro aberto e de fácil manuseio, com um data center concentrando didática, pedagogia, conteúdo, controle financeiro e e-commerce do curso.”
Segundo Carvalho, a exigência de CNPJ é uma forma de dar maior credibilidade ao serviço oferecido pelos profissionais, que podem ser de qualquer área. “Temos aulas de maquiagem, fotografia, marketing digital, preparatórias para concursos e vestibulares e escolares. Com o registro do profissional, a própria interface se adapta automaticamente às especificidades da matéria escolhida”, diz.
Criada a conta, os módulos, duração e tamanho das turmas ficam a cargo do usuário. “Ensinar marketing digital é diferente de lecionar língua portuguesa. Então a tela vai colocando à disposição várias opções de montagem da grade curricular e como aplicar materiais bibliográficos e didáticos. Investimos na capacitação da nossa equipe para prestar consultoria em tempo real ao cliente para melhor usar a ferramenta”, afirma.
Trajetória
Os primeiros clientes da Edools vieram já em 2013. No ano seguinte veio a primeira aceleração, feita pela 500 Startups, do Vale do Silício (EUA), com um aporte U$ 100 mil. Em 2016, passou por uma nova aceleração, desta vez do Google Launchpad Accelerator, com aporte de US$ 50 mil.
Em 2018, a Edools foi eleita startup do ano pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Para 2019, a meta é selar acordos com players como escolas e universidades privadas e, com isso, atingir a marca de mil cadastrados. Outro objetivo será iniciar a internacionalização da marca via América Latina.
“Todo o material de ensino online da Faculdade Oswaldo Cruz-SP, por exemplo, já é hospedado por nós. O formato é ideal para complementar a academia, fornecendo oficinas para horas complementares. Nosso usuário fica com mais alunos, a universidade consegue se aprimorar e o estudante tem a vida facilitada. É um modelo que tem margem à expansão”, afirma o CEO.
A startup, atualmente com uma equipe de 37 funcionários, não divulga o faturamento.