Consórcio R3 e Banco Maré querem lançar bolsa de valores focada em startups no Brasil

O consórcio R3, que reúne boa parte dos maiores bancos do mundo, pode apoiar o lançamento de uma nova “bolsa de valores” no Brasil. O “conglomerado” de blockchain está apoiando a fintech Banco Maré, do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, que pretende criar uma bolsa de valores para pessoas físicas e investidores institucionais comprarem ações de empresas de tecnologia de impacto social.

Segundo uma publicação do jornal Valor, a nova “bolsa” brasileira pode ser batizada de [BVM]12 e a fintech já fez a primeira consulta informal à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), planejando oficializar o pedido em agosto.

A BMV12 pretende atrair até 10 mil investidores em um ano, com a proposta de que qualquer um possa investir de forma direta em startups que unem lucro a soluções para problemas da população de baixa renda.

Além do Consórcio R3, também estão presentes no projeto a aceleradora de negócios de impacto social Artemísia e o escritório de advocacia Vieira Resende.

“É uma dor conseguir investimento na favela. Grandes fundos de investimento querem saber o que as startups estão fazendo, mas quando descobrem que elas atuam nas regiões mais perigosas da América Latina, já não querem mais”, disse Alexander Albuquerque, CEO do Banco Maré e idealizador do projeto.

De acordo com o Valor, a bolsa quer atrair investidores dispostos a, de fato, resolver problemas sociais e ganhar dinheiro com isso. Entre as startups de impacto social interessadas em abrir capital na bolsa do Banco Maré, estão a gestora de condomínios SmartSíndico, o aplicativo de vagas de emprego Taqe e a plataforma de educação Redação Online.

A nova bolsa pretende ser uma alternativa à B3, a Bolsa de Valores do Brasil, e o plano é que a ela tenha um bom portfólio de startups, uma vez que seu sucesso depende delas. As ofertas iniciais de ações seriam coordenadas por bancos regulados pelo Banco Central. Depois disso, a ideia é que investidores possam negociar os papeis entre si no mercado secundário.

O projeto prevê que toda a estruturação, intermediação e liquidação das operações na nova bolsa sejam feitas por meio de blockchain. As ações seriam emitidas na forma de tokens e registradas de forma digital.

“Queremos democratizar o investimento de risco e trazer o público de baixa renda para a bolsa”, define Albuquerque.

FONTE: CRIPTOFACIL