Como usar a inteligência artificial?

Empresas devem ter planos para que tecnologia seja bem empregada, afirma a consultoria Forrester

A automação, a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) e a robótica alcançaram o topo da agenda do CIO, mas o caminho para obter valor de negócios com essas tecnologias é longo e sinuoso. A observação é de J.P. Gownder, analista da consultoria Forrester. Segundo ele, as organizações bem-sucedidas com essas tecnologias fazem inúmeros investimentos em pré-requisitos, chamado por modelo RQ (quociente robótico) pela Forrester.

A empresa lançou um novo relatório para ajudar os CIOs nesses desafios. Em “Automação, inteligência artificial e robótica não são resultados rápidos”, foram analisadas várias situações comuns nas quais as empresas se encontram hoje:

Over-investing em moonshots

Particularmente com a AI, algumas organizações definiram grandes ambições, mas subestimaram o tempo, os compromissos monetários e a paciência necessária para realizá-los. Se uma organização de saúde se propõe a “curar o câncer”, eles precisam planejar um longo horizonte de tempo para obter resultados iniciais, por exemplo.

Concentrando-se em problemas específicos

Embora a AI e a automação não sejam vitoriosas rapidamente, as empresas que atacam problemas específicos podem gerar resultados comerciais hoje. Isso significa lidar com um fluxo de trabalho discreto. Por exemplo, aplicar AI para melhorar a precisão da imagem médica, em vez de tentar “curar o câncer”.

Abordar ações em tempo real, orientadas por insights e obcecadas pelo cliente

O equilíbrio entre essas duas abordagens é atacar problemas que são solucionáveis, mas ambiciosos, fornecendo ações em tempo real, orientadas por insights e obcecadas pelo cliente. Insights e ações em tempo real são adequados à automação. Máquinas inteligentes podem agregar e analisar dados a velocidades que humanos jamais poderiam abordar, permitindo que CIOs e parceiros de negócios compactem radicalmente prazos em operações e engajamento de clientes.

Os CIOs devem recalibrar suas prioridades e investir nos fundamentos. Por exemplo, apenas cerca de um em cada cinco CIOs diz que “aumentar a receita de primeira linha” deve ser um direcionador da adoção de tecnologias de automação, mas gerar valor real nesse espaço requer muito mais do que corte de custos. E investir nos fundamentos de RQ – desde a capacitação de funcionários até a criação de novas estruturas organizacionais e orçamentos – pode ajudar qualquer empresa a ser mais bem-sucedida ao gerar resultados de negócios com automação e inteligência artificial.

FONTE:  IT FORUM 360