Como essa casa de 95 anos tem mais tecnologia que o prédio do Google?

Ela analisa 17 milhões de dados todos os dias para você pagar até 90% menos energia e viver em um ambiente mais sustentável

Se você passar em frente a essa discreta casa de 3 andares localizada na Summer Road, em Cambridge, Massachusetts, provavelmente não verá nada de especial nela.

Entretanto, você estará diante de um imóvel com 95 anos de idade que possui mais tecnologia arquitetônica e de engenharia que o prédio do Google, por exemplo.

A lição aqui é “nunca julgue uma casa pela fachada”. Ela pode não ser chamativa como os grandes prédios tecnológicos do Vale do Silício ou até da Faria Lima, em São Paulo, mas é econômica e auto-sustentável… E você pode ter uma muito em breve.

Essa casa discreta possui mais de 285 sensores instalados por toda casa monitorando mais de 17 milhões de pontos de dados por dia.

Este imóvel quase centenário que está projetando as novas casas do futuro possui mais de 4.600 metros quadrados e foi construída em 1924.

E lidera hoje um experimento realizado pelo professor de arquitetura de Harvard, Ali Malkawi, diretor do Centro de Cidades e Edifícios Verdes do Campus.

Ele notou que enquanto as alterações climáticas continuam a acontecer – e as temperaturas, a subir – será cada vez mais necessário transformar prédios e edifícios antigos em estruturas eficientes em termos energéticos.

O objetivo professor Malkawi hoje é liderar esse movimento.

A residência é chamada de House Zero, porque ela possui zero emissões de carbono e requer quase zero de eletricidade de rede para aquecimento e resfriamento.

Os 12 meses de reforma fizeram essa casa reduzir em até 90% os gastos energéticos que uma casa de mesmo porte têm normalmente.

Os ajustes são simples e eficientes, e você pode sentir as melhorias tanto no planeta e meio ambiente quanto no seu próprio bolso:

    • Janelas e claraboias maiores para ventilação e captação de luz natural durante o dia e à noite;
    • Sensores que fazem as janelas abrirem e fecharem quando detectado alto teor de CO2 no ambiente;
    • Detectores de temperatura para identificar quais cômodos da casa precisam de mais resfriamento ou aquecimento de ambientes;
      • Isolamento térmico através de jeans azuis usados para manter a temperatura amena tanto no calor quanto no inverno;

      Ou seja: além de conforto, quem morar na House Zero não terá gastos com ar condicionado ou aquecimento, pois a casa inteira e o software de inteligência foram projetados para você não se preocupar mais com isso.

      As construções mais antigas nunca foram projetadas com foco na sustentabilidade. Esse nem era um tema (e problema) discutido na época.

      Em outubro de 2018, um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática das Nações Unidas previu que, sem intervenções nessa área, as mudanças climáticas podem causar escassez de alimentos e condições mais extremas de temperatura.

      Além de automóveis, grande parte dos gases causadores do efeito estufa são causados pelos ares condicionados de casas e edifícios comerciais.

      Reduzir essa demanda é fundamental, pois só isso corresponde por 30% de todo consumo mundial de energia. Se contar a energia usada durante a construção dos prédios e casas, o número sobe para 39%.

      Malkawi espera coletar os dados da House Zero para criar softwares que torne essa tecnologia acessível para outras residências e prédios comerciais do mundo inteiro.

      “Essa estrutura é a primeira tentativa para que possamos entender o comportamento complexo dos edifícios”, diz Malkawi, que mantém seus escritórios na House Zero.

      Para aumentar a diversidade de seus dados, experiências semelhantes estão sendo consideradas na Colômbia, na China e em outros lugares. “Temos todas as tecnologias necessárias para alcançar eficiências que as pessoas achavam que não eram possíveis em edifícios existentes”.

      Enquanto Harvard pensa em uma solução para o mercado da Construção criar prédios e casas mais econômicas e sustentáveis.

      O setor da Construção Civil como um todo passa hoje pela maior crise nos últimos anos.

      Se elas não conseguirem criar soluções criativas e inovadoras como a Universidade Harvard está fazendo… Ficará mais difícil esse mercado se reerguer e abraçar as tecnologias que podem ajudar toda indústria civil de construção.

      Que irão continuar criando edifícios e residências que não atendam às novas necessidades que a sociedade e o meio ambiente precisam.

      Startups do setor já deram um passo muito importante na atualização desse mercado.

      Já temos mais de 340 construtechs no país, e algumas delas estarão reunidas em São Paulo para o maior evento tecnológico deste setor no Brasil.

      Com soluções tão ou mais criativas e tecnológicas quanto a House Zero do professor Malkawi.

      Conheça o evento Construtech Conference e as soluções que as construtechs já trouxeram para a Construção Civil e para dentro da sua própria casa.

FONTE: STARTSE