Engenheiro industrial, Guillermo Martinez aprendeu a produzir as próteses com tutoriais do YouTube sobre a construção de robôs e outros dispositivos
Como uma impressora 3D pode ajudar a vida de pessoas em países pobres? O jovem engenheiro industrial Guillermo Martinez, criador da empresa Ayudame3D, utiliza a tecnologia para desenvolver próteses, distribuídas gratuitamente para quem precisa. Ao todo, já foram 50 unidades entregues em todo o mundo – e o objetivo é expandir a rede para uma produção global.
O projeto começou de uma forma despretensiosa. De acordo com a Business Insider, Martinez comprou sua própria impressora por US$ 172 em 2017 e começou a seguir tutoriais do YouTube sobre a construção de robôs e outros dispositivos – apenas como uma forma de diversão.
O ponto de partida para o hobby se transformar no que hoje é a Ayudame3D foi um tutorial que ensinava a criar uma prótese de mão. “Comecei a fazer muitas próteses de mão impressas em 3D por diversão, então eu pensei comigo mesmo: ‘e se isso puder realmente ajudar alguém?'”, relata o engenheiro à Business Insider. Com uma viagem já programada ao Quênia, Martinez entrou em contato com a ONG Bamba Project e com orfanatos e descobriu a alta demanda por próteses como aquelas que havia desenvolvido.
Hoje uma empresa, a iniciativa cria dispositivos feitos de plástico que permitem segurar objetos de até 10 quilos. O mecanismo consiste em fios de alta tensão e elásticos – que, combinados, permitem um movimento nos dedos da prótese quando uma articulação do corpo do usuário é naturalmente movimentada. Uma de suas principais vantagens das próteses é o custo baixo: US$ 50 cada.
Para ampliar a distribuição, Martinez busca agora uma produção em maior escala. A Ayudame3D iniciou uma campanha de crowdfunding e, com as doações, espera viabilizar entregas muito mais rápidas e custos mais baixos.
FONTE: ÉPOCA