Cirurgia robótica retira câncer de homem que sofria com a doença há 10 anos

O jornalista Belmiro Gregório chegou a fazer o tratamento convencional mas a doença acabou voltando. A técnica é menos invasiva e tem melhores resultados, segundo especialistas.

O jornalista Belmiro Gregório foi diagnosticado com câncer de próstata hà 10 anos enquanto realizava exames de rotina. Na época ele fez o tratamento convencional com radioterapia e o tumor desapareceu, mas acabou voltando anos mais tarde. Quando recebeu o novo diagnóstico, Belmiro soube que precisaria passar por uma cirurgia.

Os médicos esperavam ter que fazer um procedimento complexo, com cortes e medicação. Felizmente o paciente ficou sabendo de uma técnica de cirurgia com robôs que acabou salvando a vida dele e evitando uma série de efeitos colaterais.

“Já passei por várias cirurgias pelo método tradicional de abertura, e agora com a cirurgia robótica para mim foi uma experiência inesquecível, foi extraordinário. Após a cirurgia você não sente dor nem durante e nem depois. Ou seja, não tomei nenhum remédio para dor”, comentou o paciente.

A técnica americana está presente no Brasil há alguns anos, mas que ainda é um pouco mais cara e não está disponível em todos os estados. Para o procedimento, o jornalista teve que viajar até Belém (PA), única cidade da região norte onde o método é oferecido pelo Sus.

Jornalista sofria com câncer há 10 anos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Atualmente, Gregório passa todos os meses por uma consulta rotineira para avaliar o progresso de sua cirurgia. O custo é mais alto do que o procedimento tradicional, porém os médicos afirmam que há diversos benefícios.

O cirurgião Ricardo Ferro, que realizou a cirurgia, explica como tudo funciona. “A plataforma Da Vinci funciona com três componentes: um é o console em que o cirurgião executa os movimentos e tem acesso a imagem, um integrador do console com os braços do robô e a imagem em três dimensões que é oferecido ao cirurgião. Além disso, o robô elimina todos os tremores que possam por ventura ser transmitidos pela imprecisão do cirurgião. A visão tridimensional é vinte vezes aumentada, então isso favorece muito a identificação e precisão dos movimentos”, diz ele.

“Eu estou praticamente zerado”, comemora Belmiro.

FONTE: G1