Brasil tem 3 ‘unicórnios’ após avalanche de capital de risco em 2018

SÃO PAULO – Os investimentos de venture capital, também chamados de capital de risco, no Brasil atingiram US$ 300 milhões no quarto trimestre.

Com isso, o país terminou 2018 com US$ 865 milhões nesse tipo de operação e já tem três “unicórnios”, startups de tecnologia que valem mais de US$ 1 bilhão, segundo dados da KPMG.

Entre as maiores operações de venture capital envolvendo o Brasil no ano passado está a Movile – dona do aplicativo iFood, que levantou US$ 524 milhões.

No último trimestre, a empresa de entrega Loggi levantou US$ 100 milhões; a plataforma de aluguéis QuintoAndar arrecadou outros US$ 64 milhões; e o Banco Neon captou US$ 77 milhões.

“O Brasil atingiu vários marcos em 2018, incluindo seus primeiros ‘unicórnios’, com Nubank, PagSeguro e 99. Após um, investimento de US$ 180 milhões pela chinesa Tencent Holding, o Nubank agora é avaliado em aproximadamente US$ 4 bilhões, o que torna a fintech uma das maiores empresas de capital fechado do país”, diz o relatório da KPMG.

Segundo o estudo, apesar dos juros altos, o Brasil deve continuar vendo um crescimento da atividade de venture capital em 2019, com empresas mais maduras possivelmente atraindo operações maiores, com mais participação de investidores globais.

“Dado o advento de um novo governo, o ambiente de mercado brasileiro gera algumas questões, mas o quarto trimestre do ano passado terminou muito bem”, diz o relatório.

O diretor da KPMG Enterprise no Brasil, Rapahel Vianna, ressaltou que as perspectivas são positivas.

“É um período excitante para o Brasil. Estamos vendo muito mais atividade no mercado de venture capital, operações com empresas em um estágio mais avançado e mais envolvimento de investidores estrangeiros”, comenta.

FONTE: VALOR ECONÔMICO