De acordo com informações do Wall Street Journal, a Apple está em negociações com o Departamento de Veteranos das Forças Armadas dos Estados Unidos para criar um aplicativo para iPhone que permitirá aos veteranos o acesso rápido a seus históricos médicos.
De acordo com uma série de e-mails aos quais o jornal teve acesso, desde o ano passado a empresa tem discutido com o departamento sobre um modo de modernizar o acesso a históricos médicos; agora, a empresa parece estar quase fechando um acordo que a colocará como responsável pela migração de todo histórico de tratamento de cerca de 9 milhões de veteranos das Forças Armadas dos EUA para uma base de dados dedicada para sistemas iOS.
O objetivo do projeto é agilizar as consultas desses veteranos nos hospitais do país, além de permitir uma melhora no tratamento e na detecção de novos sintomas. O contrato também coloca a Apple como possível provedora de assistência técnica para a agência governamental. A negociação também prevê que a Apple poderá, no futuro, fornecer serviços de assinatura que garantiriam um rápido acesso a novas receitas para medicamentos de uso contínuo e descontos em farmácias.
Se a parceria se concretizar, não será a primeira vez que a Apple utiliza seus aplicativos para funcionar como um banco de dados do histórico de saúde de seus usuários, já que o aplicativo Saúde da empresa já permite que os usuários importem para ele históricos médicos, incluindo testes de alergia e resultados laboratoriais.
O acordo com o Departamento de Veteranos é apenas a mais recente tentativa de Cupertino de entrar para o mercado trilionário da saúde. Um dos pilares dessa empreitada é o Apple Watch, que auxilia não apenas pacientes, mas também pesquisadores da área. Além disso, em fevereiro deste ano a empresa também lançou suas próprias clínicas com a marca AC Wellness, voltadas para os funcionários da empresa e seus familiares.
A Apple não é a única empresa de tecnologia interessada em um movimento desses. A Alphabet (empresa-mãe da Google) possui duas subsidiárias (Verily e Calico) voltadas para o ramo de saúde, enquanto a Amazon adquiriu recentemente a startup PillPack, com o objetivo de melhorar sua oferta online de remédios e tomar mercado das farmácias tradicionais.
Fonte: WSJ