A importância da inovação e das escolhas em um mundo com cada vez mais opções

Ao ser bombardeado por inovações a cada minuto, o gestor de um negócio pode não conseguir escolher em quais apostar.

Vivemos em um mundo em constante transformação. Prova disso é que, todos os dias, às vezes mais de uma vez por dia, somos impactados por inovações. Pode ser uma startup que acaba de ingressar no setor em que atuamos ou o lançamento de uma nova aplicação de inteligência artificial.

Ainda que eu seja um entusiasta do progresso que esses avanços tecnológicos podem oferecer, reconheço que nem todas as inovações serão verdadeiramente transformacionais.

Isso porque uma transformação requer mais do que apenas uma ideia inovadora. Requer uma combinação de fatores, que vão desde aceitação do mercado até capacidade de implementação em escala.

Ainda assim, são muitas as novidades com potencial para resolver dores reais e mudar a maneira como fazemos as coisas. Pode ser fácil se sentir tentado a abraçar todas elas.

É algo que vejo com frequência em empresas, de diferentes tamanhos. Ao ser bombardeado por inovações a cada minuto, o gestor de um negócio pode não conseguir escolher em quais apostar — isso sem mencionar outras decisões ligadas à inovação, como desenvolver uma solução internamente ou formar alianças com outros players.

Por esse motivo, quis dividir aqui quatro pontos que considero muito importantes nesse processo de escolha de como inovar.

O primeiro é ter justamente a tranquilidade de que nem tudo será transformacional ou super relevante. Nesse ponto, gosto muito da abordagem do autor e palestrante Simon Sinek. Ele defende que não há inovação e progresso sem experimentação. Sinek evita usar a palavra fracasso. O fracasso deve ser evitado a qualquer custo, mas o erro faz parte do processo de inovação, e as tentativas devem ser encorajadas pela alta gestão.

O segundo é escolher em qual ou quais projetos investir mais recursos, tempo e foco. Aqui, as palavras-chave são: quantificar e sequenciar. Entender, a partir de dados, quais projetos podem ter um impacto positivo maior no negócio e definir a ordem de prioridade. O meu último texto foi todo dedicado a esse tema. Sugiro que você leia ele aqui.

O terceiro, que já mencionei acima, é sempre debater com o(s) time(s) se uma inovação será desenvolvida internamente ou se é mais vantajoso aderir a uma solução que já existe no mercado, fazendo uma aliança externa.

O quarto e último é garantir que exista uma agenda específica para os principais projetos de inovação da companhia. A meu ver, não basta que a inovação esteja inserida nas rotinas e processos do dia a dia.

Em 2024, é muito difícil encontrar uma empresa de sucesso que não considere a inovação uma peça-chave em sua estratégia. Seja para melhorar o(s) produto(s) atuais ou simplesmente repensar o negócio.

Mas em um mundo repleto de opções, são os que reconhecem a importância da inovação, promovem essa agenda e definem com clareza quais iniciativas receberão mais recursos que têm maior probabilidade de alcançar o sucesso.

FONTE: https://epocanegocios.globo.com/colunas/negocios-em-transformacao/coluna/2024/03/a-importancia-da-inovacao-e-das-escolhas-em-um-mundo-com-cada-vez-mais-opcoes.ghtml