Cirurgia Caism utiliza a ‘sala inteligente’

O Caism (Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti) da Unicamp colocou em operação, há cerca de um mês, uma sala cirúrgica inteligente

Antonio Scarpinetti/Unicamp
A nova sala é projetada para facilitar os diferentes aspectos relacionados a uma intervenção cirúrgica

O Caism (Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti) da Unicamp colocou em operação, há cerca de um mês, uma sala cirúrgica inteligente. Trata-se de um ambiente integrado, dotado de equipamentos que otimizam e facilitam os procedimentos cirúrgicos realizados no centro. Entre os recursos disponíveis estão câmeras de alta resolução, que geram imagens que podem, por exemplo, auxiliar nas intervenções ou serem usadas como conteúdo didático-pedagógico nas aulas de medicina da universidade. Quem opera o equipamento pode tanto armazenar essas imagens para uso posterior quanto transmiti-las em tempo real para um auditório, dentro e fora do Caism.
O espaço é todo projetado para otimizar os diferentes aspectos relacionados a uma intervenção cirúrgica. O grande objetivo do uso dessa tecnologia é ampliar a segurança da paciente, por meio de monitores presentes na sala e que permitem observar detalhes da cirurgia, em variados ângulos e posições.
Diferentemente da sala cirúrgica convencional, onde somente o cirurgião consegue ter uma visão privilegiada do campo cirúrgico, no novo espaço as imagens são acompanhadas por toda a equipe médica, permitindo assim, com que mais profissionais consigam ter a perspectiva do que está acontecendo.
A sala inteligente também dispõe de um sistema de nobreak, que faz com que não ocorra nenhum problema em caso de queda de energia elétrica. Além disso, os monitores também permitem o acesso a exames da paciente no transcorrer da cirurgia, caso seja necessário.
Os médicos também podem consultar especialistas de outra instituição, em tempo real, sobre procedimentos com os quais eventualmente não tenham tanta experiência para realizar. A universidade alerta, no entanto, que o uso ou transmissão das imagens só são feitas por meio de autorização do paciente por escrito.
Ao todo, a implantação da sala cirúrgica inteligente exigiu investimentos da ordem de R$ 508 mil, que foram aplicados em obras físicas e compra de equipamentos. Desse montante, R$ 220 mil foram financiados pela empresa Lanco, que pretende utilizar o espaço para estudar o desempenho dos equipamentos. Em 30 dias de funcionamento, o ambiente foi utilizado por diversas vezes. Segundo a Unicamp, nesse período houve dias em que foram realizadas até seis cirurgias.
FONTE: O CORREIO