O diretor de Relações Institucionais e Assuntos Corporativos da Telefônica Vivo, Enylson Camoseli, demonstrou preocupação com o sistema de infraestrutura em 5G no Brasil. Em encontro organizado pelo Tele.Síntese, o executivo apontou que é preciso coordenar segmentos para expansão de infraestrutura antes que aconteça o leilão do 5G por aqui.
”Se não houver uma harmonização, o país vai pagar com ineficiência da produtividade e com a não implementação plena do 5G, que é uma tecnologia transformadora dos meios de produção”, alertou o executivo no evento.
Marcelo Mejias, diretor de Políticas Públicas da TIM Brasil, também se mostrou preocupado. Para o executivo, o Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações (Pert) ajudou a dar um norte para o que deve ser feito. Contudo, segundo ele “é preciso avançar”.
O projeto chamado de Lei Geral das Antenas foi sancionado em 2015 pela então presidente Dilma Rouseff. O objetivo foi estabelecer normas gerais para o processo de licenciamento, instalação e compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações no Brasil, agilizando o processo de concessão.
Um dos pontos era permitir que a montagem de infraestrutura de suporte de telecomunicações em área urbana fosse aprovada no prazo máximo de 60 dias a partir da data do requerimento — na época, as operadoras reclamavam que levavam mais de um ano para obter a liberação de licenças para a instalação de antenas.
Apesar de toda mudança na legislação, as empresas ainda passam por processos burocráticos que o diretor da TIM considera “hipocrisia burocrática”.
Contudo, o interesse de avançar com tecnologias 5G não é unânime. A Claro, por exemplo, já demonstrou que prefere que a implantação aconteça somente depois que aparelhos com essa capacidade cheguem ao mercado.
Fonte: Tele.Síntese