Ferramenta, lançada em parceria com a ONG paulistana Mães da Sé, utiliza reconhecimento facial para identificar pessoas em situação de suspeita de abandono
A Microsoft anunciou uma parceria com a ONG paulistana Mães da Sé para auxiliar na busca de pessoas desaparecidas no Brasil. Usando ferramentas de reconhecimento facial e inteligência artificial (IA), a gigante de tecnologia criou um aplicativo que potencializa a procura em entidades públicas, como delegacias, hospitais, prontos-socorros e albergues.
O projeto faz parte do programa global AI For Humanitarian Action, que tem como objetivo oferecer tecnologia, recursos e experiência para capacitar pessoas a resolver questões humanitárias — como a enorme quantidade de brasileiros desaparecidos.
“Estamos na era da tecnologia. Essa é a principal ferramenta de busca que temos atualmente. Quanto mais mecanismos tecnológicos forem utilizados para unir esforços nesta causa, maior a chance de encontrar pessoas desaparecidas”, afirmou em comunicado Dona Ivanise, fundadora da Mães da Sé.
Desde a sua fundação, a ONG cadastrou mais de 10 mil pessoas em situação de desaparecimento e ajudou a encontrar 4.952 delas. De acordo com a Microsoft, a plataforma utiliza serviços cognitivos, inteligência artificial e armazenamento em nuvem do Azure para ajudar na busca. Com o novo instrumento, é possível identificar uma pessoa em situação de suspeita de abandono por meio de reconhecimento facial.
O funcionamento é simples: basta que o usuário faça uma foto da pessoa e compare sua fisionomia com o banco de dados da ONG. O app fará a busca e mostrará se as características são compatíveis com alguém que está desaparecido. Também será possível buscar pessoas por características físicas, como cor da pele, cabelo e olhos.
“A parceria entre Mães da Sé e a Microsoft é um exemplo de como podemos aplicar a tecnologia para ajudar a resolver grandes desafios em nossa sociedade”, disse Brad Smith, presidente da Microsoft, em nota.
De acordo com a Microsoft, o programa AI for Humanitarian Action, lançado em julho de 2017, investirá US$ 40 milhões para ajudar na solução de questões humanitárias, utilizando IA.
FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS