90% dos brasileiros não compraria mais em sites da China com taxação

Com a possibilidade de taxação, plataformas chinesas como Shein deixariam de ser opção para brasileiros, conforme pesquisa.

Em pesquisa realizada pelo Instituto PNH em parceria com a StartSe, dados apontam que como preço é o principal valor competitivo em sites de lojas chinesas, o imposto seria um impeditivo para mais compras por lá. Pelo menos é o que diz 90% da amostra.

A pesquisa Perfil e preferências do consumidor brasileiro em sites de lojas brasileiras e lojas de produtos da “China surgiu para entender o impacto no e-commerce e o que guia os consumidores na hora de comprar on-line. O levantamento foi realizado através de contatos telefônicos, utilizando a técnica de amostra aleatória simples, no mês de maio — logo depois da notícia da possível taxação da Shein. 

85% FAZEM OU JÁ FIZERAM COMPRAS ON-LINE

Mais de 8 em cada 10 brasileiros tem alguma frequência de compras online e 49% realizam pelo até uma compra por mês. Outro dado aponta que homens fazem compras com mais frequência que as mulheres. Entre as regiões, o Centro-Oeste lidera, com 54% das pessoas fazendo compras com frequência, seguido do Sul, com 52%, Sudeste com 50%, enquanto Nordeste fica com 49% e Norte com 38%.

O NÍVEL DE CONFIANÇA DO BRASILEIRO SEGUE ALTO PARA COMPRAS ON-LINE

67% das pessoas confiam em compras on-line e os eletrônicos são os bens de consumo preferidos em compras on-line   33% dos entrevistados optam por buscar ofertas em sites.

LOJAS BRASILEIRAS SE DESTACAM NA PREFERÊNCIA

Entre todos os entrevistados que de alguma forma fizeram ou preferem comprar produtos de origem internacional (27%), o preço é o maior motivador para optarem por eles e não por sites de lojas brasileiras. Mas 73% prefere comprar em sites de lojas brasileiras. Sim, se o produto tiver o mesmo preço nas duas lojas, o brasileiro irá optar pelo nacional.

QUAL É O GASTO MÉDIO POR COMPRA?

Uma em cada três compras feitas online tem valores entre R$100 e R$500. As regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste são responsáveis por elevar o valor do gasto médio. Já o gasto médio é mais baixo em lojas chinesas, o que justifica uma das principais vantagens das compras nestes sites, o preço.

MAS COM IMPOSTO, O CENÁRIO MUDA

O que impera entre os entrevistados é o desejo de parar de fazer compras em sites de lojas chinesas caso os projetos sofram reajustes — devido ao aumento de impostos. A opinião é comum em todos os segmentos.

SOBRE A AMOSTRAGEM

Participaram da pesquisa brasileiros com mais de 16 anos de todos os estados. Ao todo, foram 403 entrevistas, sendo 47,2% de homens e 52,8% de mulheres. A faixa etária ficou dividida entre 16 a 24 anos (12,2%), 25 a 34 anos (20,6%), 35 a 44 anos (20,9%), 45 a 59 anos (24,8%) e 60 anos ou mais (21,4%).

Entre os participantes, 8,1% é do Norte; 27,3% é do Nordeste; 7,2% é do Centro-Oeste; 42,9% é do Sudeste; e 14,5% é do Sul.

FONTE: https://www.startse.com/artigos/por-que-brasileiro-nao-compraria-mais-em-site-da-china/