Volvo desenvolve caminhões autônomos para descomissionamento de barragens

Após o rompimento de barragem de rejeitos no início desse ano em Brumadinho (MG), a cadeia do setor de mineração passou não somente a estudar soluções mais eficientes para gerenciar essas estruturas, como também descomissioná-las, principalmente em Minas Gerais.

A tarefa de descomissionamento, porém, exige uma série de cuidados, por conta de algumas barragens apresentarem riscos em suas estruturas. Nesse caso, poderão ser implementadas ações de controle à distância para realizar os serviços, para não colocar em risco os trabalhadores envolvidos na tarefa.

Caminhões, importantes nas operações de descomissionamento de barragem de rejeitos, serão um dos equipamentos com forte característica de autônomo para realizar esse trabalho.

Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões Volvo no Brasil, em evento realizado pela marca no dia 13 de junho, em Mogi das Cruzes (SP), sem entrar em detalhes, contou que a empresa tem trabalhado com mineradores para desenvolver soluções para controlar seus veículos remotamente.

 O executivo informa que a linhas VM e FMX com modelos rígidos têm sido indicados para as tarefas de descomissionamento de barragens. Ambas linhas têm muita robustez e eficiência para essas tarefas, avalia Alcides.

A Volvo já aplica no Brasil tecnologia autônomo em caminhões, especificamente no segmento sucroalcooleiro. Desde 2018 a empresa possui sete unidades do modelo VM autônomo rodando em uma usina de cana de açúcar em Maringá (PR).

A empresa explica que o desenvolvimento feito no Paraná partiu de soluções já disponíveis globalmente no Grupo Volvo nesse item.

No evento, a marca sueca apresentou um projeto numa planta de calcário na Noruega, com seis caminhões autônomos percorrendo 3,5 km entre a mina e o britador primário.

De acordo com a Volvo, a base tecnológica autônomo envolve radares, lidar (tecnologia óptica de detecção remota) e câmeras.

Além dessa mina norueguesa, é conhecido o projeto da Volvo realizada com a Skanska em uma pedreira na Suécia. Nesse caso, além de testes com veículos autónomos, o site possui equipamentos elétricos.

O projeto envolve veículos da escavação à britagem primária e do transporte até a britagem secundária.

No encontro em Mogi das Cruzes, a empresa destacou que está ampliando a cobertura de manutenção das aplicações de seus caminhões rígidos que eles chamam de vocacionais, voltados para o transporte pesado em condições severas.

FONTE: REVISTAOE