Voltz, a startup de scooters elétricas, chega a SP em fevereiro

Startup de Recife, que abriu o primeiro showroom em novembro de 2019, planeja vender 12 mil motos e atingir um faturamento de R$ 118 milhões em seu primeiro ano de operação

Voltz, a startup brasileira de scooters elétricas que nasceu em Recife, chega a São Paulo em fevereiro, com showroom no shopping Eldorado. Em abril, a startup inaugura showroom próprio, na Vila Olímpia. Antes mesmo de chegar à capital paulista, a Voltz já vendeu 32 unidades por meio de sua página na internet.

 Em novembro do ano passado, o empreendedor pernambucano Renato Villar inaugurou a primeira loja física, em Recife, e já contabiliza mais de 210 unidades vendidas em todo o Brasil. “Nós queremos vender 12 mil motos neste ano e atingir um faturamento de R$ 118 milhões”, diz.

A startup foi criada em 2017 – mas nasceu mesmo no ano passado – para oferecer uma alternativa sustentável – e motorizada – para quem deseja se locomover pelas cidades. Renato contou à repórter Tainá Freiras, quando esteve em São Paulo, no ano passado, para participar do programa de mentoria da StartSe, que a escolha pelas scooters, ao invés dos patinetes ou motos, se deu pela sua afinidade do com este mercado.

Renato também é diretor geral da P2M, empresa de peças e lubrificantes para motocicletas. “Nós pensamos: ou criamos o nosso próprio mercado ou alguém vai criar e vamos quebrar a partir daí. Vimos que existe uma tendência de scooters e queremos contribuir com o meio ambiente”, conta Villar.

O motor da scooter é de tecnologia europeia, da marca Bosch. Já a carenagem é fabricada e montada na China. O valor do primeiro modelo é de R$ 9 mil e está disponível para compra nas cores preto, branco, azul marinho, cinza, vermelho, azul e laranja.

“Foram mais de 6 viagens a China (para conhecer a tecnologia e os fornecedores). Também contamos com a dedicação total do nosso time, cuidando de todos os detalhes para termos certeza que a Voltz EV1 cumprisse todas as regras estabelecidas pelos órgãos nacionais de trânsito”, diz o empreendedor.

Mesmo importando o veículo da China, um dos principais desafios enfrentados pela Voltz foi trabalhar com baterias portáteis de lítio. “Até hoje no mercado chinês predominam as scooters que utilizam baterias de chumbo ácido e precisam ser carregadas na garagem. No Brasil não funcionaria, primeiro pela infraestrutura dos prédios e, segundo, pela qualidade dos produtos”, diz. As baterias utilizadas pela Voltz são portáteis, permitindo que sejam retiradas e recarregadas de qualquer lugar.

A EV1 tem bateria portátil que pode ser recarregada em qualquer tomada e tem autonomia para rodar até 60 quilômetros por carga. O modelo foi desenvolvido como uma opção de modal sustentável para municípios com problemas de mobilidade.

Segundo Renato, o abastecimento da moto custa, aproximadamente, R$ 0,02 por quilômetro rodado – considerando o custo médio do kWh no país. Em Recife, por exemplo, cada carga leva em torno de 4 horas e sai por R$ 0,70.

A Voltz irá utilizar o mesmo modelo de negócios da Tesla, com venda online e exposição em showrooms. “Teremos showrooms espalhados nos grandes centros, faculdades, universidades, shoppings. Você tem acesso à moto, mas a venda é online. No local, iremos disponibilizar manutenção, usando a rede de 3.800 pontos de venda da PM2 para oferecer manutenção”, diz.

FONTE: STARTSE